Russell Crowe divulga o filme "Noé" no Rio e reclama do trânsito da cidade
Brasil - Entretenimento - Premiere de "Noé"
Foto: Divulgação
Já que o assunto inicial era esse, Crowe disse o que achou do passeio pelo Rio: "A temperatura é ótima. Eu tenho filmado em lugares muito frios, é bom usar bermuda e sandálias. O problema é que o trânsito é caótico", disse o ator, que visitou o morro Dona Marta e outros locais.
Crowe ainda abordou o assunto Olimpíadas e Copa do Mundo, e fez uma aposta: "Na Austrália (como campeã). Ah, agora você riram? (risos) Bom, nunca se sabe, vai que dá certo. Você devem estar animados com a Copa e as Olimpíadas. Tem um foco muito grande no Rio nos próximos anos. Mas antes vocês precisam dar um jeito nessa merda de tráfego. Vocês têm o Cristo Redentor, que é a principal atração turística, e é uma confusão com um monte de gente subindo e descendo. É um conselho de amigo", brincou.
Sobre "Noé", que tem direção de Darren Aronofsky, Crowe diz que se preparou de forma intensa por meses para entender o universo do personagem bíblico.
"Foi um ano corrido de trabalho, mas tive alguns meses para ler mais sobre a história e entender que ele é apenas um homem com uma tarefa para cumprir. Em um primeiro momento, achei que era uma coisa muito física. Eu queria que ele fosse um touro, um homem capaz de completar sua tarefa. Então, no processo eu fiquei muito forte, cheguei a levantar quase 200 quilos. Nem eu sei como consegui."
"Depois eu comecei a simplificar e entender a história de um ângulo mais humano. Foi basicamente isso. Ele é um servente, não é sua escolha construir a arca", opina. "No início do processo, eu tinha uma ideia muito limitada sobre Noé. A maior parte das pessoas, na verdade, só tem se lembram dos livros infantis. E eu comecei a ler mais a Bíblia e livros antigos de outras religiões, onde a história também está presente."
Os estudos de Crowe, ele conta, passaram até por geologia, mitologia e história. "A história de Noé não está apegada a nenhuma religião, não pertence a nenhuma religião em si. É uma questão de humanidade. Foi fascinante quando descobri isso", falou. Com orçamento gigante (que chega na casa dos US$ 125 milhões), Crowe ainda elogiou o trabalho de Aronofsky e dos roteiristas.
"Darren começou a planejar essa história quando ele tinha 13 anos de idade, se não me engano. Mas ele precisou fazer muitos filmes, se tornar um diretor famoso e capaz de captar um orçamento dessa escala para fazer o filme. Outra coisa que achei interessante foi algumas soluções inteligentes para a história, como a quantidade de comida que você precisaria colocar na arca, ou como é a relação com os bichos na viagem. Quando li o roteiro, achei inteligente."
Encontro com o papa e proibição em países islâmicos
Um dia antes de desembarcar no Rio, Russel e Aronofsky participaram de uma audiência com o papa Francisco, no Vaticano: "O fato de termos sido convidados pelo Vaticano foi extremamente gentil, e eu acho que o Santo Padre tem mostrado grande coerência com todas as coisas que vem fazendo".
Crowe comentou também sobre a proibição do filme em três países islâmicos - Catar, Bahrein e Emirados Árabes Unidos. "Acho que o que se perde é a oportunidade de estimulação da discussão, que é a premissa do filme. Você tem fé ou você não tem. Você pensa nisso quando assiste ao filme. A primeira coisa que muitas pessoas querem fazer quando saem do filme é pegar a Bíblia e relembrar aquelas lições e reexaminar o que eles achavam que sabiam. Na religião islâmica, você não pode fazer histórias ou criar uma imagem de um profeta. Isso não foi inesperado."
Vegetariano x criador de vacas
É bem conhecida a relação de Crowe com os animais. Dono de um rancho, o ator falou sobre o embate no set com o diretor, que é vegetariano.
"Foi interessante. Eu amo animais. Tenho uma ligação espiritual com eles. Basta ver em meus filmes antigos como eu ando a cavalo. Nós estamos conectados ali, em cena. E eu cuido muito bem dos animais."
"Meu gado é o mais bem tratado no mundo. Transportamos oito animais em carros onde cabem 30, eles não sofrem na hora da morte, não sentem o cheiro de sangue. Há um resultado enorme quando você trata os animais com respeito. Eu não comprei aquela terra para ser fazendeiro. Se formos ver a forma com que tratamos os animais, podemos explicar muitos problemas da sociedade", filosofa.
Sendo assim, Crowe diz ter ficado desapontado com o fato de ter de contracenar com animais criados por efeitos especiais. "Eu não acreditei nisso. Nós tivemos apenas algumas aves e eu tive uma cena com um pássaro nas mãos", relembra.
Depois da passagem pelo Rio, Crowe viaja nesta sexta mesmo para Los Angeles, onde começa a divulgação do filme nos Estados Unidos. A estreia no Brasil está marcada para 3 de abril, com cerca de 900 cópias (em 2D e 3D).
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