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A Sondagem Industrial, realizada em junho deste ano pelo Radar Industrial da Fiems junto às empresas sul-mato-grossenses, destaca que os empresários industriais de Mato Grosso do Sul reduziram as perspectivas para o desempenho da empresa nos próximos seis meses. As previsões para demanda por seus produtos, quantidade exportada e as aquisições de matérias-primas, apesar de positivas, apresentaram queda na comparação com o mês de maio, enquanto indicador relativo às contratações segue sem qualquer tipo de alteração, permanecendo, contudo, como a variável de pior avaliação entre os industriais sul-mato-grossenses.

As exportações de produtos industrializados obtiveram 54,6 pontos, as demandas por seus produtos alcançaram 54,3 pontos, as aquisições de matérias-primas apresentaram indicador de 51,6 pontos, enquanto as contratações de empregados permaneceram em 50,2 pontos, ressaltando que os resultados a partir dos 50 pontos indicam a ocorrência de expectativas positivas para os próximos seis meses. De acordo com o coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems, Ezequiel Resende, em junho, no comparativo com o mês imediatamente anterior, a produção industrial sul-mato-grossense apresentou queda, com o indicador exibindo redução de 11,9 pontos.

“A queda no nível de atividade se refletiu sobre a utilização da capacidade instalada em Mato Grosso do Sul. O índice marcou 42 pontos em junho, queda de 2,5 pontos em relação a maio. O resultado permanece abaixo dos 50 pontos, patamar a partir do qual há o indicativo de utilização acima do usual para o período. Por fim, a utilização média da capacidade instalada nas indústrias pesquisadas foi de 72%, contra 76% verificado no mês imediatamente anterior”, analisou Ezequiel Resende.

ICEI

Já o Índice de Confiança do Empresário Industrial em Mato Grosso do Sul (ICEI/MS) marcou 50,4 pontos em julho, queda de 3 pontos em relação ao mês anterior. “O resultado só não foi pior que dos meses de abril e maio, quando o índice marcou 50,1 pontos. O resultado foi influenciado, principalmente, pelo pessimismo apresentado pelos industriais sul-mato-grossenses quanto às atuais condições da própria empresa que, na mesma comparação, apresentou queda de 5 pontos”, detalhou o coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems. Outro aspecto com forte influencia no resultado de julho foi a avaliação das atuais condições da economia brasileira, sendo a variável de pior desempenho no mês, marcando somente 38,3 pontos, ou seja, permanecendo bem abaixo da linha divisória dos 50 pontos. “Reflexo dessa condição já se observam nas condições financeiras das empresas. De um modo geral, os empresários industriais mostraram-se insatisfeitos com a margem de lucro operacional de suas empresas no segundo trimestre do ano, com o indicador alcançando 43,8 pontos”, analisou Ezequiel Resende.

O coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems acrescenta que o comportamento semelhante foi verificado em relação às condições de acesso ao crédito e situação financeira geral da empresa, os indicadores alcançaram os 40,6 e 46,4 pontos, respectivamente. “Por fim, vale ressaltar que valores abaixo de 50 pontos indicam insatisfação dos empresários em relação aos itens pesquisados”, destacou.