Estado reduz dívida asfixiante, mas Puccinelli ainda está insatisfeito
Estado - Ações Públicas - Redução de Dívidas
Foto:Divulgação
“Se não dá agora, vai dar amanhã, é só acreditar e trabalhar”.
Com uma e outra variação, esta frase encerra um conceito que o governador André Puccinelli procura imprimir no dia-a-dia com os seus assessores, em busca de resultados. A distância que o separa de seu último dia de mandato é de apenas 18 semanas, transformadas em uma eternidade por sua operosidade obsessiva.
Antes de assinar seu testamento gerencial no dia 1º de janeiro de 2015 Puccinelli quer ter total certeza de que deixará a casa em ordem. No dia seguinte à transmissão do cargo, recolocado na vida de cidadão comum, vai querer olhar para trás sem receio de fitar escombros e olhar à frente seguro de ter contemplado seu sucessor com mecanismos efetivos de governabilidade.
Neste desafio, um item pontual e determinante é o do equilíbrio das finanças. Zerar a dívida acumulada desde a divisão territorial é impossível a curto ou médio prazos. Afinal, de 1979 para cá, em 35 anos de diferentes governos com dezenas de operações de empréstimo e apropriação de encargos federais, o endividamento de Mato Grosso do Sul chega a aproximadamente R$ 7 bilhões .
Poderia ser três vezes muito pior, não tivesse o governo estadual reduzido a dívida em 26% nos últimos quatro anos. Em 2010, o Estado comprometia 120% de sua receita líquida e fechará o atual exercício com cerca de 24%. E este é, para Puccinelli, um dos dados mais significativos do desempenho vitorioso de sua política orçamentária e financeira. Pôs Mato Grosso do Sul entre os estados brasileiros que conseguiram respirar e desapertar do pescoço a corda das dívidas interna e externa.
Se for considerado que em fase final de governo nada de novo se pode esperar de quem vai entregar o cargo daqui a pouco, a não ser concluir obras e fazer de cada inauguração uma festa de despedida, Puccinelli passa longe dessa avaliação. A satisfação por tudo que já fez parece igual ou menor que a insatisfação pelo que não fez ou poderia fazer.
Puccinelli ainda quer mais – e um desses quereres é continuar relaxando o nó da dívida na garganta do Tesouro. Para tanto, já adotou algumas providências. Uma delas foi montar a peça orçamentária de 2015 com distâncias bem medidas entre a ambição de investimentos na despesa e o cuidado estratégico na distribuição da receita. Poderia, se quisesse, desviar-se desse caminho e pregar uma peça no antecessor, deixando de herança bombas de efeito retardado no custeio. Porém, fez o que mandam o espírito republicano e o interesse público: nomeou a governabilidade como patrimônio número um do testamento para quem vai sucedê-lo.
MS Notícias/RMC
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