Os 7 pecados do péssimo professor de inglês
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Foto: Getty Images
A experiência de três décadas de carreira no ensino de inglês deu a certeza a Rosângela Souza, sócia-diretora da Companhia de Idiomas e do ProfCerto, de que o aluno responde só por metade do sucesso do aprendizado.
“A outra metade é formada por tudo que é externo a ele: professor, metodologia usada, ambiente”, explica.
Por isso, de acordo com ela, é preciso avaliar bem quem você escolhe para ajuda-lo na empreitada de ser fluente no idioma. Veja alguns indicadores de que é hora de trocar de professor:
1- Planejamento zero
“Muitos professores ainda confundem aula com livro”, diz Rosângela. Se o único recurso que seu professor usa é o livro, e, quando a aula começa, ele faz a clássica pergunta “onde paramos” pode ser que ele não esteja dedicando tempo à preparação da aula.
Planejamento deve levar em conta o material, mas também os alunos, segundo a especialista.“O ideal é que ele traga também um pouco do universo do aluno para a sala de aula porque nem sempre o livro faz isso”, diz Rosângela.
2- Sem estímulo para que o aluno fale
O aprendizado de uma língua envolve 4 habilidades: escrita, leitura, compreensão oral e fala. “A fala é a habilidade mais desafiadora”, diz Rosângela.
Bons professores sabem que não devem falar mais do que 20% do tempo da aula. É a regra geral. Afinal é o momento certo e o ambiente seguro para praticar e ser corrigido.
3- Nada de cobrança por empenho
Bons professores checam a evolução de seus estudantes periodicamente e criam mecanismos de motivação para eles.
“Eu vejo semelhança na relação entre líder e subordinado”, diz Rosângela. Mau sinal é o professor não demonstrar a mínima preocupação com seu desempenho.
4 - Ensino da língua... e só
A língua é parte da cultura. Esta, por sua vez, reúne costumes, expressões não verbais, culinária, música, etc.
Perdem pontos os professores que deixam de lado estes outros aspectos, segundo Rosângela.
5- Ele deixa o aluno falar de qualquer jeito
Quem domina o idioma tem fluência (naturalidade e ritmo) e precisão (falar corretamente). Pecar na correção, tanto para mais quanto para menos, atrapalha a evolução.
O nível de conhecimento do aluno é que deve nortear o volume de correções que o professor deve fazer, segundo Rosângela. Quanto mais iniciante, menos correção e vice-versa, explica.
6 - Atrasos e faltas
Estas são as principais razões objetivas de descontentamento de alunos, segundo Rosângela.
“Aqui na Companhia de Idiomas, temos índice de 1% de insatisfação e atrasos e faltas são os motivos que mais aparecem quando investigamos o porquê”, diz.
7- Nunca se atualiza
A língua é viva e, portanto, muda com o passar dos anos. Ignorar este aspecto é estagnar-se como professor, segundo Rosângela.
Além disso, bons professores estão sempre em busca de métodos, recursos e ferramentas novas para estimular seus alunos e acelerar o seu aprendizado, diz a especialista.
Camila Pati/Exame/JE
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