Bolsa sobe mais de 2% com especulação eleitoral
Brasil - Economia - Eleições e Ibovespa
Foto: Veja
Os rumores em torno da corrida eleitoral foram intensos nesta sexta-feira e conduziram o rumo do Ibovespa, principal índice da BM&FBovespa. Pesquisas encomendadas por bancos teriam contrariado os últimos levantamentos de Ibope e Datafolha e apontado ainda um cenário de empate técnico, o que estimulou as apostas. Com isso, a Bolsa chegou a subir 4,80% mais cedo, para depois desacelerar um pouco na reta final. Ainda assim, fechou em alta de 2,42%, a 51.940,73 pontos, interrompendo uma sequência de quatro dias de queda. Na semana, porém, houve perda acumulada de 6,79%.
Entre os destaques de alta desta sexta-feira estão as ações de estatais: Petrobras ON (ordinárias, com direito a voto) subiu 4,32% e Petrobras PN (preferenciais, sem direito a voto) teve ganho de 5,78%, após os recursos mais recentes. Banco do Brasil ON subiu 3,21%. Bradesco PN (+2,59%) e Itaú Unibanco PN (+2,79%) também subiram.
A reportagem de VEJA, deste fim de semana, que revelou que a presidente Dilma Rousseff e seu antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva, sabiam de todo o esquema de corrupção montado na Petrobras, também movimentou os negócios. A revista cita depoimento do doleiro Alberto Youssef à Polícia Federal, prestado na última terça-feira, em Curitiba, no processo de delação premiada.
Dilma usou parte do horário eleitoral para desqualificar a reportagem. "Não posso me calar frente a este ato de terrorismo eleitoral articulado pela revista VEJA e seus parceiros ocultos", disse a presidente. VEJA divulgou uma resposta à presidente, em que afirma que Dilma "centrou suas críticas no mensageiro, quando, na verdade, o cerne do problema foi produzido pelos fatos degradantes ocorridos na Petrobras". VEJA esclarece ainda que os fatos "são teimosos e não escolhem a hora de acontecer", e "que eles seriam os mesmos se VEJA os tivesse publicado antes ou depois das eleições".
“O movimento teve muito a ver com o que houve na véspera, quando a Bolsa caiu com o mercado colocando uma chance de 70% a 80% de vitória para Dilma. Desde então, o mercado voltou a precificar algo como 50% para ambos”, disse o analista Fernando Góes, da Clear Corretora.
À tarde, a Bolsa desacelerou os ganhos, em meio a certa acomodação. Vale destacar que, neste período, circularam rumores de que trackings de bancos estavam mostrando proximidade entre Aécio e Dilma na disputa. "Hoje, nós estamos sendo surpreendidos positivamente, mas isso pode mudar um pouco até o encerramento da Bolsa. Há chances de o mercado ficar mais na defensiva", disse João Pedro Brugger, analista da Leme Investimentos, ainda no início da tarde.
As incertezas estavam relacionadas em parte ao debate da TV Globo, marcado para esta noite. Um bom desempenho de Dilma pode deixar a candidata ainda mais próxima da reeleição. "Há muita expectativa, porque haverá pouco tempo para reverter a impressão que ficar", disse Brugger.
Dólar - A redução das apostas na reeleição da presidente Dilma também influenciou o mercado de câmbio. O dólar fechou em queda de 2,26%, a 2,4570 reais na venda, maior queda no fechamento desde 18 de novembro de 2013, quando recuou 2,30%. Nesta quinta-feira, a moeda norte-americana terminou em 2,5137 reais, maior nível em mais de nove anos.
Veja/JE
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