Sexta-Feira 19/04/2024 07:44

Pato Fu volta às inéditas após sete anos

Brasil - Entretenimento - Mundo da Música

Foto: O Globo

Das certezas que o grupo mineiro Pato Fu acumulou em seus 22 anos de carreira, uma apenas parece inabalável: a de que tudo ainda está sendo inventado.

Quatro anos atrás, um despretensioso projeto de covers tocados em instrumentos de brinquedo virou disco e, depois, um espetáculo de grande sucesso, que a banda faz até hoje, alternando com seu show de carreira. Isso, mais os projetos paralelos da vocalista Fernanda Takai (que se rediagramou em discos com as canções de Nara Leão, uma parceria com o guitarrista do Police Andy Summers e um duo com o padre Fábio de Melo), acabaram adiando a feitura de um álbum de inéditas da banda. Sete anos depois de “Daqui pro futuro”, o Pato Fu está de volta com “Não pare pra pensar”. Mais um mergulho na imprevisibilidade — com fortes razões.

— Essa volta foi algo em prol da sanidade mental, tanto da banda quanto dos fãs. Eles poderiam achar que, apesar dessa produtividade toda dos integrantes, o Pato Fu poderia estar perdendo o foco — comenta Takai, que compõe o núcleo de fundadores da banda junto com o marido, o guitarrista e produtor John Ulhoa, e o baixista Ricardo Koctus.

— A gente corria o risco de se acomodar ao que "Música de brinquedo" proporcionou. Era hora de fazer o disco "normal" da banda, que lembrasse às pessoas quem é o Pato Fu - defende John.

"Normal", em termos. Para começar, “Não pare pra pensar” é um disco sem músicas lentas (nos anteriores do grupo, sempre havia uma ou outra). E o lançamento marca a estreia do baterista Glauco Mendes (oriundo do grupo mineiro Tianastácia), que imprimiu às músicas uma pegada mais rock do que seu antecessor, Xandi Tamietti.

— Queria que fosse um disco dançante, mais pesado, bom de se tocar ao vivo. Penso muito com a cabeça de produtor. O Lulu (Camargo, tecladista do Pato Fu) diz, brincando, que eu sou um tecladista aprisionado num corpo de guitarrista. Como o disco anterior do grupo tinha sido mais contemplativo, era a hora de me soltar — diz John.

Compositor, sozinho, de quase todas as músicas de “Não pare pra pensar” (a exceções são “Eu era feliz” e “Siga mesmo no escuro”, em parcerias), o guitarrista foi tramando o disco enquanto a Copa do Mundo corria e Fernanda Takai se empenhava na divulgação de seu álbum solo “Na medida do impossível”.

— Não há nenhuma crise, meu trabalho nesse disco foi cantar e fazer os arranjos vocais — diz Takai.

Contrastes emocionais são constantes nas letras de “Não pare pra pensar”, um disco que lida com toda a dualidade que o título pode sugerir.

— O Pato Fu é a banda que não é exatamente o que é. Essa é a tônica de nossa carreira. A gente trafega numa região de ironia e cinismo. Tem música triste com arranjo alegre e vice-versa — explica John, citando uma faixa do novo disco, “You have to outgrow rock'n roll”, que fala do ridículo que é um velho levar o rock a sério... e é um deslavado rock. — Há três, quatro anos, eu me perguntei: por que eu parei com o skate? Comecei a ver os ídolos dos anos 1980 andando também e voltei. Mas é porque isso precisou ser inventado, antes deles não havia velhos andando de skate.

Cada vez mais receoso em lidar com o tema da política (“O Pato Fu não é banda para apontar o dedo para uma terceira pessoa, é mais para falar das próprias encucações”, diz), John acreditar ter feito de um disco sobre amizades, sobre “a torcida para quem está saindo do buraco e começa a enxergar as cores”.

— É o não parar para pensar e sair andando de skate aos 50 anos de idade (ele tem 48). O “não pare pra pensar”, de uma certa forma, também quer dizer “pense sem parar”.

Show do novo álbum, a banda só pretende fazer em 2015.

— A gente é assim, faz o disco e só depois aprende a tocá-lo — diz Takai.

— Na época das grandes gravadoras, as músicas iam para a rádio com muita força, a gente fazia os programas de TV de Xuxa, Faustão e Gugu no mesmo dia... Hoje dá para planejar a turnê com mais calma — acrescenta John, ciente das particularidades do Pato Fu. — A gente nunca se viu muito como uma banda que fosse preencher uma vaga. O Pato Fu é banda que se fez notar mais pela diferença que pela semelhança. Não é uma fórmula que possa ser usada.

O Globo/JE

grupo mineiro, Pato Fu, 22 anos de carreira, invenções constantes

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