Cinebiografia de Mussum será lançada em 2016
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Foto: O Globo
Morto em 1994, Mussum segue presente nas mesas dos bares cariocas, graças à cerveja batizada com um de seus bordões (Biritis), e na internet, com os fãs que repetem e transformam em memes suas piadas. Em breve, os bastidores da vida de uma das figuras mais queridas da televisão brasileira serão contados nos cinemas.
André Carreira, da produtora Camisa Listrada, adquiriu os direitos da biografia “Mussum Forévis – samba, mé e Trapalhões”, de Juliano Barreto, que será adaptada pelo diretor Roberto Santucci, com roteiro assinado por Paulo Cursino, e chega à telona em 2016.
— Temos uma ideia, um convite já foi feito. Mas temos que avançar mais na negociação para podermos divulgar — diz Santucci, que tem no currículo “Loucas pra casar” e “Até que a sorte nos separe”, sobre a escolha do protagonista. — É cedo para definirmos quem irá aparecer ou não no filme e como irá aparecer, essa abordagem ainda terá que ser muito trabalhada. Mas contamos com a ajuda e colaboração de todos aqueles que participaram da vida do Mussum.
Batizado Antonio Carlos Bernardes Gomes, o carioca do Lins de Vasconcelos não resistiu a um transplante de coração, aos 53 anos, em 1994. Mas mesmo com a morte precoce, deixou um grande legado no cinema, na música e na TV.
Na biografia, amigos como Renato Aragão, Dedé Santana e Elza Soares revelam detalhes sobre a personalidade de Mussum. O sambista suburbano não permitia que os cinco filhos de cinco casamentos diferentes usassem brincos e gostava mesmo era de um bom “mé”, apelido carinhoso que deu à cachaça.
Era um boêmio, que frequentava a noite até o sol raiar, mas estava sempre com seus sapatos lustrados e roupas engomadas. Pontual, rígido com horários e workaholic, se dividia entre Os Trapalhões e seus grupos musicais, sempre conciliando os trabalhos.
— Dá para fazer uma trilogia sobre a história dele — diz Barreto. — Mussum fez muita coisa. Foi sambista da Mangueira, trabalhou com Grande Otelo, Chico Anysio, tocava reco-reco nas bandas de Elis Regina, Jorge Ben e Baden Powell, além de ser um dos Trapalhões. Mas existem alguns pontos que eu especialmente gostaria de ver neste filme, como a infância dura que ele teve no Abrigo Cristo Redentor, onde ele chegava a receber castigos físicos e cresceu sob regras rígidas, como toque de recolher e acordando às 5h. Uma apresentação dele em Cannes com Os Originais e Jair Rodrigues, em que ele ignora a formalidade e começa a sambar, de smoking, em cima da mesa.
Apesar de tantos episódios marcantes e até surpreendentes, Barreto destaca os seus dois pontos preferidos da vida de Mussum:
— Seria ótimo vê-lo tomando uma cerveja com Garrincha na telona. O Mussum era muito amigo do Garrincha e da Elza Soares. Quando eles se separaram, ele intermediou, tentou fazer os dois voltarem — relata. — E é importante desmitificar essa história de que ele tinha problema com bebida. Na verdade, ele era um bom malandro. Tudo o que ele bebia, ele comia em dobro, dormia e voltava para o bar, além de ter uma enorme resistência. Se ele fosse vagabundo, alcoolatra, não teria conseguido produzir tudo o que ele fez. Todo mundo que bebeu com ele, conta que ele ia embora sóbrio, enquanto a pessoa saía engatinhando. A graça dele era ver as pessoas tentando acompanhá-lo e saindo bêbadas. Mussum bebia com Vinicius de Moraes, Zeca Pagodinho e Garrincha, os grandes bebedores do Brasil, ele sabia o que estava fazendo.
Foi por uma dificuldade de memória que ele virou o ídolo de meados anos 2000, mais de uma década após sua morte. Segundo Barreto, Mussum não conseguia decorar textos longos para gravar suas esquetes em “Os Trapalhões”. Foi o diretor Adriano Stuart quem percebeu este “detalhe” e passou a investir em quadros curtos, objetivos e rápidos. E são essas histórias que povoam as redes sociais e a linguagem de eternos fãs do quarteto e de alguns jovens que nem chegaram a ver ao vivo sua atuação nas tardes de domingo.
O Globo/JE
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