Bancos públicos deverão sofrer com exposição à Petrobras, diz Moody's
Brasil - Negócios - Efeito Cascata
Foto: IstoÉ Dinheiro
A agência de classificação de risco Moody´s que, em 24 de Fevereiro, rebaixou o rating de divida sênior da Petrobras para Ba2, de Baa3, acredita que o escândalo de corrupção na petroleira deve atingir os bancos públicos brasileiros em um “efeito cascata”.
De acordo com Celina Vansetti-Hutchins, diretora da agência, o aprofundamento da investigação do suposto esquema de propinas na petroleira provocou preocupação aos bancos brasileiros com exposições não só à companhia, mas também à cadeia de óleo e gás. “Os riscos são maiores para os bancos públicos brasileiros que poderiam ser obrigados pelo governo a oferecer à Petrobras e seus fornecedores suporte para evitar uma crise de crédito”, diz Celina.
De acordo com Celina, a investigação na Petrobras poderia exacerbar a situação para os bancos brasileiros, uma vez que as expectativas para crescimento do crédito em 2015 já eram modestas.
"Qualquer aumento nas provisões dos bancos contra perdas relacionas à Petrobras e aos seus fornecedores, assim como aos setores de petróleo e gás e de construção, poderia prejudicar lucros e levar a um aperto das condições de crédito, o que poderia ter repercussões na economia brasileira."
Ainda segundo a Moody´s, os bancos provavelmente vão continuar financiando a Petrobras, devido a sua performance operacional relativamente solida e a expectativa de provável apoio do governo. “A empresa permanece como uma das mais importantes no Brasil. No entanto, a Petrobras enfrenta pressões de liquidez no curto prazo em parte devido à investigação, bem como aos atrasos em publicar seus balanços auditados no prazo estabelecido.”
Na avaliação da Moody´s, se a Petrobras atrasar mais a divulgação de suas demonstrações financeiras de 2014, os credores poderiam decidir exercer seu direito de acelerar os US$ 137 bilhões em obrigações financeiras pendentes da Petrobras. “Neste caso, no entanto, outras empresas tomadoras de recursos e que fazem negócios com a Petrobras poderiam entrar em default ou abrir processo de falência, o que poderia fazer com que os bancos executassem garantias que afetariam o sistema financeiro inteiro e a economia”, conclui Celina.
IstoÉ Dinheiro/JE
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