Casal diz que enfrentou preconceito por apostar em relação após resgate
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Nilton e Magna estão juntos desde que ele a salvou de acidente em 2013. Casal quer marcar casamento após enfrentar preconceito e disputa judicial
(Nilton, Magna e a filha dela, Bruna, vivem juntos em Ribeirão Preto, SP - Foto: Fernanda Testa/G1)
Quando a dona de casa Magna Carrijo capotou o carro em outubro de 2013 em uma rodovia em Rondonópolis (MT), o destino pareceu fechar-lhe as portas.
Ferida após o veículo cair em um barranco, Magna só pensava em escapar viva e não podia imaginar a surpresa reservada.
O herói da história não só a resgatou, como também se apaixonou por ela à primeira vista. Em meio à tragédia, surgiu o amor. A história de Magna e do vendedor Nilton Neves ganhou repercussão e despertou votos de felicidade, assim como julgamentos.
Passado pouco mais de um ano, Magna e Nilton só agora vivem um real clima de felicidade e, finalmente, fazem planos para o casamento. Além de questões envolvendo as separações de relacionamentos anteriores, o casal viveu uma disputa judicial por causa da guarda de uma das filhas de Magna e diz ter enfrentado desconfiança até de pessoas próximas. "Ouvimos muitas críticas quando começamos a nos relacionar. Teve muito preconceito. Diziam que era louca", afirma a dona de casa.
O acidente que uniu Magna e Nilton ocorreu na BR-364, em Rondonópolis. Ele seguia de caminhão para Jaciara (MT), quando foi ultrapassado pelo carro dirigido pela dona de casa. Quilômetros à frente, ela perdeu o controle do veículo e saiu da rodovia. O automóvel bateu em uma árvore e capotou ribanceira abaixo.
Diziam que eu era louca, que eu nem o conhecia para já morar com ele. Teve muito preconceito."
Magna Carrijo
Ao parar para tentar socorrer Magna, Nilton acabou se encantando pela vítima, e fez um gesto que, para muitos, pareceu insano - a pediu em casamento. A resposta foi mais surpreendente, pois ela aceitou o pedido.
Segundo Magna, a princípio, amigos e familiares não aceitaram o namoro com o vendedor, uma vez que eles decidiram apostar no relacionamento poucos dias após terem se conhecido. "Diziam que eu era louca, que eu nem o conhecia para já morar com ele. Falavam: o que você vai fazer com esse caminhoneiro? Teve muito preconceito", lembra ela.
"Mas tudo é relativo. Às vezes você conhece uma pessoa, convive praticamente uma vida, separa e percebe que não a conhecia a fundo. Eu não me arrependo em nada de ter vindo morar com o Nilton", diz Magna.
Além da desaprovação inicial, Nilton e Magna tiveram que enfrentar mais um problema logo no início do relacionamento. Assim que a dona de casa se mudou de Rio Verde (GO) para Ribeirão Preto (SP), o ex-marido entrou com um pedido na Justiça para ficar com a guarda da filha adolescente, Bruna.
"Meu ex-marido não queria que nossa filha viesse para Ribeirão. Ele entrou com um pedido de liminar pela guarda dela e ganhou. Recorremos, e foram dez meses de transtornos até eu conseguir a guarda da Bruna de volta. Meu advogado era de Ribeirão, aí precisávamos nos deslocar para Rio Verde em todas as audiências", lembra a dona de casa.
"Foi um desgaste muito grande. Eu já estava machucada do acidente, ainda queriam tirar a minha filha de mim. Fiquei muito abalada, precisei até de acompanhamento com psicólogo", relata Magna.
Nilton diz que sofreu ao ver Magna obrigada a enfrentar toda a situação, ainda mais em um período em que ela ainda se recuperava do acidente. "Na época da briga pela guarda da filha, ela ficou muito abalada. Eu conheci a Magna numa situação complicada. Depois, na minha companhia, ela também estava passando por uma situação difícil. Ver ela triste para mim era o fim do mundo", diz.
Traumas
Não bastasse o preconceito das pessoas com o relacionamento do casal e a demora no andamento do processo da guarda da filha, a dona de casa ainda se viu obrigada a conviver com as sequelas do acidente. "O ligamento do joelho rompeu totalmente, mas o médico aconselhou que eu não operasse. Foram seis meses de fisioterapia, mas levei quase um ano para parar de sentir dores", conta.
Assumir o volante de um carro também passou a ser um desafio para Magna, que diz ter ficado traumatizada após o desastre na estrada. "Eu dirigia muito bem. Hoje não gosto muito de pegar o carro. Não pego rodovia em hipótese alguma. Dirijo só na cidade, e ainda assim com muito medo", comenta.
G1
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