Documentário retoma história de Kurt Cobain com produção de sua filha
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Foto: GQ
Neste 5 de abril, a morte de Kurt Cobain, o vocalista, guitarrista e fundador do Nirvana, completa 21 anos. Alguns dias depois, mais precisamente em 10 de abril, o documentário Cobain: Montage of Heck chegará aos cinemas do Reino Unido, Nova Zelândia e Austrália. No dia 24 é a vez dos EUA acompanhar a estreia do filme, em cidades como Nova York, Los Angeles e Seattle, terra-natal de Cobain.
Vendido para 72 países, a exibição no Brasil está confirmada, e a previsão é que aconteça até junho. Será a oportunidade para os fãs verem o lado mais pessoal de Cobain – e quem não conheceu muito bem o artista vai se surpreender.
Sucesso de público e crítica nos Festivais de Sundance e Berlim, onde foi exibido em janeiro, Cobain: Montage of Heck despe o mito Kurt Cobain, mostrando o homem por trás da fama que o matou. Foram oito anos de produção até chegar aos 135 minutos que privilegiam filmes caseiros, gravações de áudio, anotações e desenhos misturados com entrevistas e clipes de shows, em uma maneira original de contar a história daquele que mudou a cara do rock nos anos 1990.
Dirigido pelo cineasta Brett Morgen – que teve autorização da família do cantor para mostrar tudo sem restrições – o documentário foi coproduzido pela filha do astro, Frances Bean, que tinha apenas dois anos quando ele morreu. Em Berlim, Morgen fez questão de agradecer a viúva de Cobain, a cantora Courtney Love, pela confiança e coragem em liberar as filmagens.
"Ninguém me pediu um único corte, ou alguma mudança, o que é essencialmente inédito ao lidar com um ícone. Courtney me disse: ‘Vasculhe toda minha bagunça, faça um puta filme e vou assistir quando estiver pronto’.” , contou o cineasta.
A produção procura traçar o modo como Kurt Cobain foi do auge a decadência, sempre privilegiando a pessoa e não o astro de rock. Desde seu primeiro lampejo de criatividade até o momento em que a fama realmente começou a incomodar, Cobain: Montage of Heck não poupa o espectador de conhecer um jovem sombrio, tratado pelos pais como um anjo, mas que também era um turbilhão que precisava ser controlado com remédios.
O filme é capaz de momentos lúdicos como a imagem de Cobain com guitarra de brinquedo, ao som de Smells Like Teen Spirit, do Nirvana, com melodia de canção de ninar, ou o cantor, já adulto, cantando And I Love Her, dos Beatles, para Courtney. Mas também não deixa de fora a melancolia que sempre o acompanhou, apresentando cenas difíceis como um dos escritos do artista com a frase Vá se matar repetida várias vezes.
O momento que mais choca, no entanto, é a risada sombria de Cobain após uma entrevista, quando o jornalista afirma que sua música I Hate Myself and Want to Die parece mostrar que o cantor “está sendo realmente satírico, ou está indo para um verdadeiro lugar escuro”. Meses depois Cobain cometeria o suicídio aos 27 anos.
Para Brett Morgen, o documentário mostra todos os lados do ícone do grunge, que era sim um pai amoroso, mas também um homem solitário e triste. “Tentei fazer um filme que celebrasse a vida, não a morte. E queria dar a Frances algumas horas a mais com o pai dela”, disse Morgen.
Ao final de Cobain: Montage of Heck a imagem do mito Kurt Cobain parece não existir mais. Mas o guitarrista impulsivo, o cantor de voz marcante, o filho, o marido e o pai que amava sua família, esses ficam presentes na memória.
GQ/JE
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