Titãs faz DVD em quarteto: 'Formação mais leve, som mais pesado'
Brasil - Entretenimento - Entrevista com Sérgio Britto
Foto: G1
Dos oito integrantes que gravaram os primeiros discos dos Titãs, quatro vão subir ao palco nesta sexta-feira (24), em São Paulo. Eles vão fazer a ligação entre o trabalho mais recente do grupo, "Nheengatu", e os tais álbuns do começo.
O repertório do DVD ao vivo terá músicas novas e outras da época em que a banda definiu seu "vocabulário", como diz Sérgio Britto. "Algumas das soluções de arranjo - riffs, vocais berrados, backings fortes etc. - são a marca da banda. Soluções simples que funcionam muito bem em disco e ao vivo também."
"Ficamos mais leves e soamos mais pesados", diz Sérgio. A leveza diz respeito à formação menor, com quatro membros principais, que facilita o consenso. O peso vem de "Nheengatu", mais cru e direto, como no passado. A ele se juntam Branco Mello, Paulo Miklos e Tony Belotto (desfalcados, em relação aos primeiros álbuns, de Arnaldo Antunes, Nando Reis, Charles Gavin e o falecido Marcelo Fromer). O baterista Mario Fabre, músico de apoio, completa o time atual no palco.
G1 - Por que escolheram este disco para fazer sequência ao vivo, um ano após lançamento em estúdio?
Sérgio Britto - Este disco foi muito bem recebido pela crítica e pelos nossos fãs, e nos permitiu revisitar uma parte do nosso repertório. Não só o disco, mas o show também (que ganhou o prêmio da APCA) - talvez o trabalho mais relevante que lançamos nos últimos anos. Músicas como "Massacre", "Desordem", " Nem sempre se pode ser Deus", "Pela paz", entre outras, complementam muito bem o repertório do "Nheengatu" e dão ao show identidade própria. Fora isso tem o aspecto cénico - o uso das máscaras e as imagens do [pintor europeu Pieter] Bruegel são uma marca desse trabalho que, a meu ver, merece registro.
G1 - A experiência de fazer o 'Cabeça Dinossauro' ao vivo em 2012 teve influência na decisão de fazer este?
Sérgio Britto - Com certeza, não só no que diz respeito às letras mas também na parte musical. No "Cabeça" definimos o nosso "vocabulário". Algumas das soluções de arranjo - riffs, vocais berrados, backings fortes, etc. - são a marca da banda. São soluções simples que funcionam muito bem não só em disco mas ao vivo também.
G1 - Como o fato de ter a banda mais enxuta influenciou nesta turnê?
Sérgio Britto - Por um lado fica tudo mais fácil. Com menos gente pra decidir é mais facil gerar consenso e nós sempre trabalhamos dessa maneira. Ficamos mais leves e mais soamos mais pesados.
G1 - Vão incluir material de outros discos neste novo CD, além do Nheengatu? Quais? Como escolherem estas extras?
Sérgio Britto - Claro! Fora as que mencionei nas na resposta anterior, tem "Jesus não tem dentes no país dos banguelas", "Lugar Nenhum". "Diversão", "Televisão" e "Sonífera ilha".
G1 - Haverá músicas inéditas?
Sérgio Britto - Não vamos gravar nada inédito. Ainda temos a sensação de que o repertório do "Nheengatu" é praticamente desconhecido, mesmo do nosso público. Queremos dar o destaque que achamos que essas músicas merecem.
G1 - O disco teve certa inspiração nas manifestações de 2013, especialmente na faixa 'Fardado', que você escreveu. Como vê estas novas manifestações, de 2015, contra o governo, e desta vez mais amigável com os 'fardados'?
Sérgio Britto - É um processo, né? A sociedade reivindica e certas coisas vão melhorando, aos poucos. Infelizmente, muito lentamente para o meu gosto.
G1 - Como vê a fase comercialmente mais fraca do rock atual no Brasil?
Sérgio Britto - Acho que essas coisas costumam ser cíclicas. Quero acreditar que em algum momento tudo pode virar.
G1 - Você tem algum projeto solo ou paralelo para depois da gravação do disco?
Sérgio Britto - Estou planejando gravar a sequência de "Purabossanova". Já tenho todas as composições feitas, falta arranjar e gravar. Ainda este semestre vou gravar uma demo com os esqueletos dos arranjos e espero até o final do ano estar com o disco finalizado. Para não gerar conflito com os Titãs tenho sempre que programar o melhor momento para lançar
Titãs ao vivo - Gravação de DVD
Quando: Sexta-feira (24), 22h
Onde: Audio Club
Endereço : Av. Francisco Matarazzo, 694, Água Branca, São Paulo
Preços: De R$ 100 e R$ 250
Ingressos: Ticket360
Rodrigo Ortega/G1/JE
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