Minerva fecha planta e MS 'perde' 15 frigoríficos em menos de 2 anos
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A Minerva Foods anunciou nesta quarta-feira (1º) o fechamento do frigorífico que mantinha na cidade de Batayporã, a 306 quilômetros de Campo Grande. A empresa operava a unidade desde 2006. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação e Afins de Campo Grande e Região (Stiaacg/MS), 738 colaboradores foram demitidos. O número de demissões não foi divulgado pela companhia.
Em nota, a Minerva diz que a decisão de encerrar a operação em Batayporã foi “inevitável à medida que representa uma readequação das operações da companhia no Brasil como forma de obter melhorias de eficiência em rendimento, economia de custos por aumento da otimização da capacidade instalada e incremento de rentabilidade por reequilíbrio geográfico de suas operações”.
A empresa também assegurou o pagamento de todos os direitos trabalhistas dos empresários demitidos e que não deixará nenhuma “pendência financeira com os colaboradores, com o estado e com a cidade de Batayporã”.
Por fim, a Minerva diz que o encerramento da planta não acarretará impacto as suas demandas internas e externas, já que o processo de ajuste operacional da empresa assegurará que elas serão absorvidas por suas outras unidades.
Crise no setor
Segundo dados da Associação dos Matadouros, Frigoríficos e Distribuidores de Carnes de Mato Grosso do Sul (Assocarnes-MS), das cerca de 39 plantas frigoríficas com Sistema de Inspeção Federal (SIF) no estado, 15, já incluindo o Minerva em Batayporã, encerraram as atividades nos últimos dois anos, provocando mais de seis mil demissões no setor.
O presidente da Assocarnes-MS, João Alberto Dias, aponta que essa situação está sendo ocasionada por uma série de fatores como: a falta de animais prontos para o abate, descarte de matrizes, crise econômica do país e queda na demanda. “Para discutir esse quadro com toda a cadeia produtiva e propor políticas públicas que possam auxiliar o setor neste momento, será promovida na Assembleia Legislativa uma audiência pública no dia 10 de julho, às 8h (de MS)”, adiantou.
A situação, conforme Dias é preocupante, já que além dos empregos diretos e indiretos perdidos com o fechamento das unidades, toda a cadeia produtiva e os municípios onde essas plantas estão instaladas sentem os reflexos do encerramento das operações. “As vezes o município é pequeno, e o frigorífico é a única indústria instalada. Quando ele fecha afeta toda a cidade”, conclui.
Agro Debate/RMC
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