Nome de irmão de suposto operador da Lava Jato surge como delator
Brasil - Ações Policiais - Operação Lava Jato
Foto: Divulgação
José Adolfo Pascowitch é irmão do empresário Milton Pascowitch.
Delações premiadas dos dois serviram como base para 17ª fase, diz MPF.
Nesta segunda-feira (3), junto com a deflagração da 17ª fase da Operação Lava Jato, que resultou na prisão do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, veio à tona o nome de um novo delator: José Adolfo Pascowitch. Ele é irmão do empresário Milton Pascowitch, preso na 13ª fase da Operação Lava Jato, no dia 21 de maio.
De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), José Adolfo atuava como operador, assim como o irmão, da diretoria de Serviços da Petrobras, que era ocupada por Renato Duque. O ex-diretor da estatal já é réu em ações penais originadas da Lava Jato.
Milton Pascowitch atuava como elo entre a diretoria de Serviços da Petrobras e o Partido dos Trabalhadores (PT), segundo as investigações. O contato era feito por meio da JD Consultoria, de propriedade do ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, conforme a Polícia Federal. Milton atuava junto à Engevix, empreiteira com contratos com a estatal e que é acusada de pagar propinas a diretores.
Em outras ocasiões, o advogado de José Dirceu negou o envolvimento do cliente nos fatos.
José Adolfo também foi investigado na 13ª fase, quando dois mandados de busca e apreensão foram cumpridos na casa dele, em São Paulo, onde inclusive foram apreendidas obras de arte que, depois, foram levadas para o Museu Oscar Niemeyer (MON), em Curitiba.
Ele ainda prestou depoimento, em cumprimento ao mandado de condução coercitiva. José Adolfo não chegou a ser preso.
Petição do MPF
O Ministério Público Federal pediu as prisões preventivas e temporárias referentes à 17ª fase da Operação Lava Jato, além dos mandados de busca e apreensão, de condução coercitiva e de bloqueios de valores, baseado no que os irmãos Pascowitch e o ex-gerente de Serviços da Petrobras Pedro Barusco falaram em colaboração premiada. Barusco fechou o acordo de delação premiada no ano passado.
"Agora, surgiram evidências de que grande parte dos pagamentos de propina efetuados por Milton Pascowitch e José Adolfo, em decorrência de licitações e contratos no âmbito da Diretoria de Serviços, era operacionalizada por meio da empresa Jamp Engenheiros Ltda, com substrato de contratos de serviços de 'consultoria' e 'assessoria' simulados’”, diz um trecho da petição assinada pelos procuradores da força-tarefa da Lava Jato.
A Jamp pertence aos irmãos Pascowitch, cada um com 50% do capital social, ainda conforme o documento.
Autos de inquérito policiais também serviram de justificativa para a necessidade das medidas indicadas pelo MPF à Justiça Federal. Esta petição do Ministério Público Federal é de 20 de julho.
Delação Milton
A Justiça Federal homologou o acordo de delação premiada de Milton Pascowitch no dia 29 de junho e, desde então, o empresário cumpre prisão domiciliar, em São Paulo.
Dias depois, a defesa de José Dirceu pediu para ter acesso ao conteúdo da delação premiada de Milton. Entretanto, o juiz federal Sérgio Moro – responsável pelos processos da Lava Jato na primeira instância – indeferiu o pedido no dia 3 de julho.
Os termos e depoimentos prestados pelo suposto operador ainda estão sob sigilo, que é "indispensável no momento para a eficácia das diligências investigativas em curso a partir dele", conforme o despacho de Moro, à época.
Delatores
Recentemente, acordos de delação estão sendo fechados, como o do operador Hamylton Pinheiro Padilha e do lobista Mario Góes, que repercutiram na semana passada.
Na quarta-feira (29), o Ministério Público Federal divulgou uma lista com os 16 acordos de delação premiada firmados até o dia 8 de julho. Entretanto, o MPF informou que, no total, são 22 acordos, mas os seis que não aparecem na lista correm em sigilo.
Os nomes dos delatores citados na lista do MPF são:
-Paulo Roberto Costa
-Shanni Azevedo Costa Bachmann
-Marici da Silva Azevedo Costa
-Marcio Lewkowicz
-Humberto Sampaio de Mesquita
-Arianna Azevedo Costa Bachmann
-Luccas Pace Júnior
-Alberto Youssef
-Julio Camargo
-Augusto Ribeiro
-Pedro Barusco
-Rafael Angulo Lopez
-Shinko Nakandakari
-Eduardo Leite
-Dalton dos Santos Avancini
-João Procópio
Outros nomes que fizeram delação mas não estão na lista do MPF são os do presidente da construtora UTC, Ricardo Pessoa, o lobista Milton Pascowitch e o empresário Júlio Faermann. Pessoa fechou acordo diretamente com a Procuradoria-Geral da República, em Brasília e, por isso, não consta na lista do MPF.
O acordo de Pascowitch foi homologado pela Justiça Federal no fim de junho. Com a delação, ele saiu da cadeia em Curitiba e voltou para casa, em São Paulo, onde cumpre domiciliar. Já Faermann fez um acordo com o MPF do Rio de Janeiro, antes mesmo de ser mencionado na Lava Jato. Não se sabe as razões pelas quais o MPF não incluiu os nomes de Pascowitch e Faermann na lista oficial.
Uma nova lista de delatores ainda não foi divulgada pelo MPF, apesar de outros nomes já terem surgidos em documentos protocolados nos processos eletrônicos da Justiça Federal.
G1/JE
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