Quinta-Feira 25/04/2024 01:50

4 heranças que a Olimpíada 2016 pode deixar para o Brasil

Brasil - Esporte e Turismo - Olímpiadas

Foto: Renato Sette Camara/Prefeitura do Rio

Daqui a 255 dias, o Rio de Janeiro será palco de um dos maiores eventos esportivos mundiais. A expectativa é que 300 mil turistas desembarquem na cidade para acompanhar os 17 dias de competições das Olimpíadas 2016.

Hoje a capital carioca se vê transformada em um enorme canteiro de obras, com a construção de uma nova linha do metrô, a finalização dos estádios e arenas olímpicas e outras obras de infraestrutura. Se já dá para respirar quanto a entrega das obras no prazo, o que se discute agora é qual será o legado deixado pelos Jogos depois que a tocha for apagada.

Esse desafio foi tema do EXAME Fórum Olimpíada, realizado nesta terça-feira o Rio de Janeiro. Veja quais serão as principais heranças que os Jogos Olímpicos deixarão para o Rio e para o Brasil, segundo os participantes: 

Cidade Maravilhosa com mais infraestrutura

Eduardo Paes, prefeito do Rio de Janeiro, contou que, assim que a cidade foi escolhida como sede, ele decidiu visitar outras anfitriãs para ver o que poderia dar certo em terras brasileiras. “Em uma conversa com o prefeito de Barcelona, ele me disse que eu tinha duas opções: ou os jogos usariam a cidade ou a cidade usaria os jogos para crescer”, disse. “Desde então, começamos a pensar a Olimpíada como uma justificativa para investimentos que a cidade precisava”, disse Paes.

Em 2009, de acordo com a prefeitura, os sistemas de transporte de alta capacidade carregavam 18% da população do Rio. Em 2017, a expectativa é que sejam transportadas 67% da população, com a construção de novas linhas de BRT e do metrô carioca. Outros problemas que devem ser atenuados são as enchentes e parte do trânsito, com a ampliação de algumas vias. 

Se os esforços são visíveis a cada volta que se dá na cidade, o grande temor é que eles se limitem apenas ao período pré-Jogos. “Não podemos esquecer que a cidade carrega uma dívida histórica em questões de infraestrutura”, disse Vinicius Netto, arquiteto e professor da Universidade Federal Fluminense. “A minha preocupação é que a atenção seja dispersa em várias frentes antes que o básico seja resolvido. É algo que precisa ter continuidade”. 

A promessa de menos elefantes brancos 

Reaproveitar os espaços construídos para as competições é uma daquelas dores de cabeça comuns a qualquer cidade que sedie um evento do porte da Olimpíada. Dado inclusive o histórico brasileiro, não é de se espantar que algumas instalações acabem se deteriorando com o tempo. 

No Rio, a promessa é que, pelo menos algumas delas ganhem um novo uso, como ginásios e escolas – e, no caso de duas instalações, até novos endereços. De acordo com o projeto, a Arena do Futuro e o Estádio Aquático serão desmontados como peças de blocos de montar para dar origem a escolas e dois parques aquáticos em outras áreas da cidade.

As PPPs como um modelo a ser seguido

Boa parte dos 38,67 bilhões de reais gastos nos Jogos Olímpicos não sairá de cofres públicos, mas do caixa de empresas. No caso das obras de legado, por exemplo, 57% do orçamento é privado. “Parafraseando o ex-presidente Lula, nunca antes na história das olimpíadas tivemos tanto dinheiro privado”, disse Eduardo Paes. 

Para Thomaz Assumpção, presidente da consultoria Urban Systems e José Carlos Pinto, sócio-líder da consultoria Ernst & Young no Rio de Janeiro, apesar de não ser inédito, a utilização de parcerias público-privadas, as chamadas PPPs, serão uma boa forma de despertar no país a necessidade da união com o setor privado para o maior desenvolvimento. 

“É claro que se fosse pra buscar uma parceria dessas nos dias de hoje, com um ambiente macroeconômico instável, elas poderiam não sair do papel, mas é preciso um esforço do governo para garantir aos investidores que haverá fontes de recurso, segurança jurídica e a taxa de retorno de investimento”, disse Pinto. 

“O governo tem hoje uma ingerência sobre as PPPs, mas o papel dele deve ser o de facilitar o desenvolvimento”, disse Assumpção.

A venda da marca Brasil e o turismo impulsionado

“Somos muito ruins em cacarejar o ovo que a gente põe”. Foi com essa frase que Nizan Guanaes, sócio fundador do Grupo ABC definiu a dificuldade brasileira de vender a marca do país. “Temos uma vocação óbvia que não é utilizada”, disse. “É preciso vender a imagem do país. Se temos a cidade mais bonita do mundo porque ela não é vendida? Temos crise, mas continua tendo um monte de coisa incrível”. 

Deixar qualquer turista com brilho nos olhos só de ouvir o nome Brasil é o grande desafio enfrentado atualmente por Henrique Alves, ministro do Turismo. “A Copa teve uma alta aprovação, mas faltou um legado para o país”, disse Alves. 

Uma das apostas do ministro para impulsionar a vinda dos estrangeiros é a aprovação de um projeto que acaba com a necessidade de visto de entrada por um prazo de 90 dias. A proposta recebeu diversas críticas após os atentados ocorridos há 15 dias em Paris, na França. “Não acho que essa isenção vai alterar o que planejamos para a segurança”, rebateu Alves. “Como diria a música, chega de espera, a hora é de fazer acontecer”. 

Exame/JE

Olimpíadas, Rio de Janeiro, Esporte, Turismo, Jogos

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