PF prende Carlinhos Cachoeira em operação contra lavagem de dinheiro
Brasil - Ações Policiais - Apreensão
Foto: Divulgação
O empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, foi preso nesta quinta em um condomínio de luxo em Goiânia (GO), na Operação Saqueador, deflagrada pelo Ministério Público Federal (MPF) e pela Polícia Federal. Também são alvos de mandados de prisão o ex-presidente e o ex-diretor da construtora Delta, Fernando Cavendish (já considerado foragido), e Cláudio Abreu, respectivamente; e os empresários Adir Assad e Marcelo José Abudd.
Segundo as investigações, empresas fantasmas foram usadas para lavar cerca de 370 milhões de reais pagos por obras públicas. Além dos cinco mandados de prisão, os agentes da PF cumprem vinte de busca e apreensão em São Paulo, Rio de Janeiro e Goiás.
Nesta quinta-feira, o Ministério Público Federal ofereceu denúncia contra Cachoeira, Cavendish, Adir Assad e outras vinte pessoas por envolvimento no esquema de lavagem de dinheiro público. Segundo a denúncia, entre 2007 e 2012, a Delta, que participou de diversas obras do PAC, teve mais de 96% de seu faturamento (cerca de 11 bilhões de reais) oriundo de verbas públicas. A procuradoria constatou que, desse montante, 370 milhões de reais foram "lavados" em repasses feitos a dezoito empresas de fachada. Cachoeira, Assad e Abbud são apontados como os responsáveis por criar essas empresas laranjas, que, por meio de contratos fictícios, dificultavam o rastreamentos do dinheiro de origem espúria.
As investigações da PF duraram cerca de três anos e começaram a partir de documentos colhidos na CPI do Cachoeira, instaurada em 2012 e que também mirava em supostas irregularidades da Delta. Criada pelo PT para atacar instituições que investigaram o mensalão, a comissão passou a aterrorizar políticos depois de VEJA revelar que a construtora usava uma extensa rede de empresas-fantasma para pagar propina a servidores públicos e financiar ilegalmente campanhas eleitorais. Na ocasião, o esquema acabou derrubando o senador Demóstenes Torres (DEM-GO), que tinha envolvimento com Cachoeira e foi cassado.
Segundo reportagem de VEJA, de dezembro de 2013, Assad, que já foi condenado na Lava Jato por lavagem de dinheiro, era um empresário que viu seu faturamento crescer 574 vezes em quatro anos, oferecendo um serviço valioso: corrupção e financiamento clandestino de candidatos. Entre os seus clientes, além da Delta, estão outras empreiteiras, bancos, consultorias e muitos políticos.
Veja /PH
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