Terça-Feira 23/04/2024 16:15

Um ano após remoção, moradores da Cidade de Deus ainda esperam casas

Ações Públicas - Convênio com o governo

Foto: Divulgação 

Com a promessa de que teriam um casa de alvenaria e deixariam de viver em barracos de lonas e resto de paus, as famílias da antiga favela Cidade de Deus foram transferidas há quase um ano do local onde moravam. No dia 7 de março de 2016 começou a ser feita a remoção que durou 37 dias e ainda hoje os moradores aguardam suas casas.

A diferença do local onde viviam para aonde estão, segundo eles, é que agora a chuva entra nos barracos e foram criadas outras quatro favelas, divididas nos bairros Bom Retiro, Pedro Teruel II, Jardim Canguru e Vespasiano Martins.

Com 57 anos, há quatro morando em barracos, Maria Madalena ainda espera a conclusão da sua casa. Ela está entre as pessoas que foram levadas para a área do Pedro Teruel II e tenta junto o marido, de 58 anos, terminar a casa que foi erguida pela Prefeitura de Campo Grande, através de um convênio com a empresa Morhar Organização Social, empresa que sumiu e abandou a construção das casas.

"Colocaram a gente aqui e até agora nada. Eu vou tentando terminar com o meu marido. Ele faz bicos, compra material. Tenho esperança que acabe esse ano ainda", disse.

Sua maior aliada para acreditar que terá uma casa de alvenaria é a fé em Deus. Mesmo em uma situação insalubre, com nome bíblico, Maria Madalena acredita que passará o natal com a família na casa nova.

"Eu estou esperando em Deus. Tenho sete filhos, 22 netos e já sou bisa. Aqui eu tenho, nessa situação, três filhos e uma neta. Tem uma filha no Bom Retiro. Tenho esperança em reunir todos no natal", relatou com brilho nos olhos.

No terreno onde ficava a favela o mato tomou conta e virou local de descarte de lixo, resto de poda de árvores, pneus, resto de móveis e demais materiais. Os antigos moradores reclamam que com a mudança perderam parte do que usavam nos barracos e dependeram de doações e força para reconstruir.

"Eu sai cantando material, ninguém nunca me doou nada. Eu creio em Deus, mas no homem não", disse Sheila Gonçalves, de 58 anos, ao ser indagada sobre a possibilidade da atual gestão de Campo Grande terminar de construir as casas.

Ela mora com o filho em um barraco e assim como muitos, foi para a favela porque não tinha condições de pagar o alugue e as contas da casa. "Eu tiver que deixar a casa. Fiquei 20 anos no lixão catando material, nunca machuquei, e estou encostada pelo INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) há um porque quebrei a perna varrendo rua, trabalhando para a Solurb (empresa que administra o aterro sanitário)", contou.

Na tentativa de conter a água da chuva e diminuir a quantidade de barro dentro do barraco, Sheila conta que pegou os restos de materiais que ficaram nas casas. "Sobrou material ai jogado. Usei as pedras e o cimento que sobrou para diminuir um pouco o barro".

Prefeitura - Na manhã deste sábado (25) o diretor-presidente da Ehma (Agência Municipal de Habitação), Eneas Carvalho, disse que o convênio que está sendo realizado com o Governo do Estado para a doação de materiais já está adiantado.

"Estamos na fase de questão documental para firmar o convênio com o Estado. O governo vai mesmo colaborar com material e estamos fazendo todo um levantamento do quantitativo individualizado para cada unidade do que resta de material para fazer as unidades", afirmou.

Ao todo são 326 casa, sendo que 42 estão prontas, mas ainda falta avaliar a estrutura, segundo Eneas. "No Vespasiano já está concluído, no entanto, existe pendência de questão elétrica e hidráulica".

Ainda não há um prazo para voltar as obras, mas de acordo com a Ehma a construção vai continuar com regime de mutirão. "Passamos a proposta do regime de auto construção, mas em paralelo, estamos discutindo com a Funsat (Fundação Social do Trabalho de Campo Grande) a possibilidade dela também dispor da contratação de serventes para ajudar os moradores", declarou.

Empresa - Com relação a empresa Morhar, Eneas declarou que o processo será encaminhado para PMG (Procuradoria Geral do Município), para que eles averiguem e façam o encaminhamento.

Ainda de acordo com o direto-presidente, era de responsabilidade da empresa dar o material e ajudar a organizar o sistema de mutirão que foi feito pelo moradores, que alegam terem sido contratados para construir as casas e ficaram sem receber.

"Eles dizem que foi regime que não deu certo entre os moradores. Essa contratação dos pedreiros não estava preconizado no objeto do convênio que foi firmado", ressaltou.

Campo Grande News /PH

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