Pezão admite que não vai conseguir quitar salários atrasados de servidores esse ano
Brasil - Política - 13º salário
Em dezembro, governo vai pagar 13º de 2016, outubro e parte do salário de novembro. Em janeiro, serão pagos o resto dos vencimentos de novembro e salários restantes. Em entrevista à CBN, ele também minimizou as críticas de Sérgio Cabral ao seu governo
(Foto: Reprodução / TV Globo)
Rio de Janeiro - Após o acordo de empréstimo do governo do Rio de Janeiro com o banco BNP Paribas, em Brasília, antecipado por G1 e TV Globo no início da tarde desta quinta-feira (14), o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, admitiu que só conseguirá quitar todos os salários atrasados no final de janeiro de 2018. Em entrevista à CBN, Pezão minimizou as críticas de Sérgio Cabral ao seu governo, e destacou que o candidato natural do PMDB ao governo do Rio em 2018 é Eduardo Paes.
Enquanto espera para assinar o acordo com o Ministério da Fazenda, marcado para as 16h desta sexta-feira (15), Pezão explicou a divisão dos R$ 2,9 bilhões previstos no empréstimo: R$ 2 bilhões estarão disponíveis na próxima quarta-feira (20), enquanto os R$ 900 milhões restantes estarão disponíveis até a primeira quinzena de janeiro.
"A gente vai ter previsibilidade, a vida do servidor vai melhorar em 2018, vai ser um ano de muita responsabilidade para todos nós. Vamos quitar décimo terceiro de 16, salário de outubro, e uma parte dos que ganham menos de novembro até o final do mês. Janeiro tem novembro e 13º de 17. Até no máximo dia 20 a gente está com salários em dia", disse o governador, que prometeu lutar para liberar os R$ 900 milhões antes do prazo. "Fiz um último apelo ao banco sobre o quanto seria importante para a gente isso. Se conseguir isso, pagamos novembro e uma parte do 13º de 2017 ainda este ano", garante.
A securitização da dívida ativa, uma das prioridades de Pezão para 2018, também pode ajudar a pagar salários, segundo ele. O projeto pode ser votado na Câmara dos Deputados na última semana do ano, com direito a reunião entre o presidente Rodrigo Maia e governadores de todo o Brasil. "Conseguimos levar para a câmara, mas o presidente Rodrigo está convocando uma reunião segunda feira para por em pauta. É o anseio dos 27 governadores isso. Não sei se dá para votar na terça-feira, pode ser um valor significativo que tranquiliza a nossa vida em 2017", pondera.
Contemporiza críticas de Cabral
Ao ser questionado sobre as recentes críticas de Sérgio Cabral ao seu governo, em depoimentos na 7ª Vara Federal Criminal, Pezão disse que "pode justificar" todas as farpas de Cabral sobre seu governo. Pezão afirma que o Maracanã possui um contrato em vigor, e que não pode passar por cima de decisão da Procuradoria Geral do Estado sobre a utilização e a licitação que ganhou o direito de comandar o estádio.
"O Maracanã eu tenho um contrato a cumprir, e eu não posso desrespeitar. Os contratos têm segurança jurídica. Tentei passar para o segundo colocado, mas a procuradoria falou que não, eu tenho que cumprir. Dói para mim, eu convivi com o Sérgio, era um outro período para o Estado, era o período que o Rio tinha uma bonança. Eu aceito as críticas, assumo meus erros, ainda mais vindo dele, que fez muito, não se pode negar o governo que ele fez. Mas todas as críticas dele eu posso justificar", defende-se Pezão.
Pezão disse que não será candidato novamente ao governo do Estado, e afirmou que o PMDB já tem um candidato natural ao governo do Estado: Eduardo Paes, ex-prefeito do Rio.
"Ele é o candidato natural nosso. Se for candidato, acho que é o mais competitivo. Mas tem que ver quem se habilita aí, quem vai para os congressos. Minha prioridade é pagar os servidores".
Segurança
O governador afirmou que a segurança, um dos pontos mais criticos do estado nos últimos anos, terá melhorias. Ele pretende utilizar os recursos para compra de equipamentos para combater roubo de cargas e o tráfico de armas. "Quero botar scanners em todas as entradas do Rio de Janeiro. Estamos melhorando muito mas temos muito a melhorar", avaliou o governador.
Apesar de serem disponibilizados apenas R$ 10 mil para a manutenção das UPPs em 2018, como mostrou matéria de O Globo, o governador garante que o projeto não vai acabar. "O projeto UPP não vai acabar. Ele sofreu algumas remodelações.O orçamento da segurança é o maior que temos e um dos maiores do país. Acabamos de aprovar o Fundo de Segurança Pública, ele também será um apoio às UPPs. Nós estamos sendo realistas", disse ele, reclamando ainda sobre a quantidade de PMs que deixa a corporação por ano.
"A gente perde mais de 2 mil policiais por ano, fora as mortes que a gente teve. O que a gente pede é uma permanência maior, a maioria sai com 48 anos de idade, essa conta não fecha. A previdência do jeito que a gente tá, não dá para ter esse contingente de pessoas saindo com 48 anos de idade e com aposentadoria especial", afirmou.
'Uerj tem que ser criativa'
A crise na educação estadual também foi assunto em entrevista à CBN. O governador garantiu que vai lutar por melhorias na Uerj, mas que a universidade tem que ser "criativa" para ajudar em sua própria recuperação.
G1
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