IBGE: metade dos brasileiros superou condição econômica dos pais
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Mas pesquisa diz que as oportunidades para quem vem de família com menos acesso à educação são bem menores.
(Foto: Google Imagens)
Metade dos brasileiros superou a condição econômica dos pais, mas a diferença de oportunidades ainda é grande.
Viviane tem muito orgulho de ver a filha concluir a faculdade. “Eu estou, na realidade, me vendo nela. De ter um curso superior concluído”, disse a mãe.
A pesquisa diz que as oportunidades para quem vem de uma família com menos acesso à educação são bem menores. Mesmo assim, metade dos filhos têm hoje ocupações melhores que os pais têm ou já tiveram um dia. É o caso da Patrícia Piovesan. Os avós dela trabalhavam no campo em Brasnorte, no Mato Grosso. Os pais vieram para cidade e a situação melhorou. Agora, ela busca realizar o sonho de ser advogada.
“Você ter uma graduação, uma faculdade e ser advogada. ‘Ah, minha filha é advogada. Fez direito’. É realmente muito bacana. Meus pais ficam muito felizes. Eu vou ser a primeira formada”, contou.
Aos 23 anos, Patrícia faz estágio e vai diariamente à Justiça Federal para acompanhar os processos do escritório.
O IBGE vê o caso da Patrícia como uma superação. Filhos de pais que ocupam cargos de direção em uma empresa, por exemplo, têm quase 14 vezes mais chances de chegar a um posto de comando do que pessoas na condição de Patrícia, que é filha de um vigilante e uma empregada doméstica.
“Tem um efeito forte a educação dos pais. Uma geração que tenha acesso a uma educação de qualidade, mais educada, vai ter filhos que provavelmente vão ter mais chance de ascender aos estratos educacionais mais elevados”, explicou a analista do IBGE Betina Fresneda.
Mariane da Silva está em outro grupo de jovens: os que nem estudam nem têm uma ocupação.
O número aumentou entre 2014 e 2016, reflexo da crise. Em 2016, um em cada quatro jovens estava nesse grupo. Entre as mulheres, um terço assume tarefas domésticas.
Aos 21 anos, Mariane toma conta da irmã caçula.
“Arrumar trabalho hoje em dia não está fácil e, enquanto isso, eu fico ajudando os meus pais mesmo dentro de casa”, disse.
Futura advogada, Patrícia espera ser inspiração para quem busca oportunidades.
“Agora, por exemplo, tem o meu primo. Meu tio, irmão da minha mãe, também não fez faculdade. Então ele vê por mim que tem como o filho dele também ir para frente do mesmo jeito. Que as coisas realmente mudaram”, afirmou.
G1
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