MS tem índice abaixo da média nacional de casos de assassinatos
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Foto: Osvaldo Duarte
Mato Grosso do Sul registrou o índice de 1.39 assassinatos para cada grupo de 100 mil habitantes durante o mês de janeiro de 2018, com 38 casos. O número é de um levantamento do G1 com base em dados oficiais. No Brasil, a média foi de 1.57 a cada 100 mil habitantes, no período. Em todo o ano de 2017, o número de pessoas assassinadas no país chegou a 59.103.
Com o dado, Mato Grosso do Sul é o terceiro do Centro Oeste em número de casos. Em Goiás o índice do período é de 2.51 (172 casos). Em Mato Grosso, o índice fica em 2.22 (75 casos). No Distrito Federal o registro é de 1.13 (35 casos).
De acordo com o secretário de Segurança Pública do Estado, Antonio Carlos Videira, os crimes com mortes são frutos de ações do tráfico e outras ligadas aos mesmos na região.
“Quem mata são aqueles que atuam diretamente no tráfico de drogas e nas fronteiras com o Paraguai e a Bolívia. Para mudar o cenário tem que haver forte ação de prevenção e repressão ao tráfico e aos crimes deles decorrentes com grupos especializados (DOF) além da capacitação do efetivo ordinário das forças policiais de toda a faixa de fronteira de MS”, disse em vídeo divulgado pelo portal.
Marcelo da Silveira Campos, doutor em Sociologia e professor na UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados) também falou sobre o fato ao portal. Ele chamou atenção para algumas situações como violência contra jovens, negros e o feminicídio.
“A maioria dos crimes é contra jovens de 15 a 29 anos seguindo a tendência do Brasil, especialmente negros. Aqui tem muito a dinâmica de arma de fogo. As taxas de crimes violentos são altas, em especial em municípios de fronteira e chama atenção também o número alto de feminicídios”, pontua.
O dado inclui todos os homicídios dolosos, latrocínios e lesões corporais seguidas de morte, que são classificados como crimes violentos letais e intencionais.
Conforme os dados, os estados que contaram com índices mais elevados no período foram: Acre (6.17), Pará (4.62), Rio Grande do Norte (5.71), Pernambuco (4.73), Alagoas (4.75), Sergipe (4.73).
Na comparação com o ano de 2016 ocorreu um aumento significativo de casos no país. De 57.549 registros para 59.103, ou seja 1.554 a mais, 2.7%.
Em 2017, os índices disparam no Rio Grande do Norte (64,0), no Acre (63,9), Ceará (56,9), Pernambuco (57,3), Alagoas (52,6).
Dourados News/JM
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