"Nosso esporte está basicamente quebrado", reclama chefe da Williams
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Para Claire Williams, atual estrutura da Fórmula 1 não permite que grandes equipes sejam desafiadas pelas de menor investimento, e mudanças precisam ser feitas urgentemente
Williams conquistou sua última pole position em 2014, com Felipe Massa, na Áustria (Foto: Reprodução)
De equipe mais poderosa da Fórmula 1, capaz de construir carros "de outro planeta" como disse Ayrton Senna em 1992, ao time que fecha o grid de largada. Esta é a Williams, que nos últimos anos vem em absoluta queda livre, a ponto de seus pilotos Lance Stroll e Sergey Sirotkin largarem nas últimas colocações nas corridas da temporada 2018, raramente passando ao Q2 nas classificações.
Filha do fundador Frank Williams, Claire dirige a equipe que leva o seu sobrenome desde 2013. No ano seguinte, o da adoção dos motores híbridos, o time disputou sua melhor temporada em dez anos, foi a terceira no Mundial de Construtores, e em algumas corridas chegou até mesmo a ser a segunda força, atrás apenas da Mercedes.
Em 2015, a Williams repetiu o terceiro lugar, mas nos dois anos seguintes foi a quinta, sempre caindo de desempenho. E este ano... Bem, para Claire Williams isso é um reflexo da enorme diferença de orçamento do trio Ferrari/Mercedes/RBR para as outras sete equipes do grid.
- Quando comecei, realmente achei que poderíamos ganhar de novo. Agora eu não acredito mais nisso. Nosso esporte está basicamente quebrado. É ingênuo acreditar que, se você simplesmente trabalhar duro, será recompensado. Com exceção das três melhores equipes, ninguém vencerá no futuro - disse Claire Williams ao jornal "Blick".
A chefe da Williams admitiu que a continuidade da equipe ficará em risco caso o Liberty Media não consiga aprovar o pacotão de mudanças visando à temporada de 2021, sobretudo a questão do teto orçamentário de US$ 150 milhões (aproximadamente R$ 525 milhões).
- A discrepância financeira em relação à Ferrari, Mercedes e Red Bull é grande demais. É impossível acompanhar. E é triste. Se os novos donos de Fórmula 1 realmente empurrarem o orçamento de US$ 150 milhões a partir de 2021, poderemos sobreviver.
Por fim, apesar das críticas à divisão dos lucros na categoria, Claire admitiu que a equipe não vem fazendo um bom trabalho em 2018. Afinal, a Williams é a única das dez equipes da temporada que ainda não marcou um pontinho sequer:
- Há equipes com menos dinheiro que estão fazendo um trabalho melhor.
A Williams não vence uma corrida desde o GP da Espanha de 2012, com o venezuelano Pastor Maldonado. Já a última pole position foi conquistada por Felipe Massa, em 2014, na Áustria. No próximo fim de semana, a Williams vai tentar sair do zero na pontuação justamente onde obteve seu melhor resultado no ano passado, com o segundo lugar de Lance Stroll.
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