Estacionar em vaga de idoso e deficiente gerou 503 multas no ano passado
Trânsito - Ação Educativa
Ação educativa orientou motoristas na manhã de hoje, no Centro.
Foto: Ação ocupou vagas com cadeiras de rodas no centro da Capital (Álvaro Rezende/Correio do Estado)
Em todo o ano passado, a infração de trânsito de estacionar em vaga prioritária gerou 503 multas. Para tentar acabar com isso, a Prefeitura de Campo Grande realizou a campanha “Esta vaga não é sua nem por um minuto”, onde todas as vagas de estacionamento da Rua 14 de Julho, entre a Afonso Pena e Barão do Rio Branco, foram ocupadas por cadeiras de rodas e as principais frases usadas pelas pessoas que as utilizam de forma equivocada.
Conforme a chefe da divisão de educação para o trânsito da Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran), Ivanise Rotta, a campanha é mais do que educativa. “Há mais de uma década se educa. Não há mais o que falar. Todos sabem que é errado estacionar ali não sendo deficiente e não tendo o cadastro. Estamos aqui também para mostrar ao motorista isso e para que ele não reclame ou não vá recorrer a multa alegando ser só um minutinho”, afirmou.
A multa para quem usar indevidamente a vaga privativa de idosos e deficientes é de R$ 293,47 e ainda sete pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Além da via pública, estabelecimentos privados como supermercados e shoppings também podem ter clientes multados por parar nas vagas prioritárias.
A ação faz parte do Maio Amarelo, que ao longo deste mês realiza campanhas educativas sobre os cuidados no trânsito para reduzir o número de acidentes e preservar vidas. “Quando criamos a Subsecretaria de Diretos Humanos, visamos isso. Conscientizar e dar um alerta aos mortoristas que sempre ocupam a vaga das pessoas com deficiencia. Todo mundo quer a vaga das pessoas com deficiência, mas ninguém quer sentar na cadeira deles”, disse o prefeito Marcos Trad (PSD) durante o evento.
“Todas as vezes falam que é só um minutinho e a pessoa fica sem o local adequeado pela constituição federal. Uma das coisas que a gente mais ouve falar é que o brasileiro sente mesmo quando mexe no bolso dele. Estamos fazendo campanha educativa. Estamos tentando não multar ninguém, mas se essa for a alternativa, não há o que fazer”, completou o prefeito.
Além da conscientização para que os motoristas não utilizem as vagas especiais, o evento serve também para orientar os deficientes a se cadastrarem na Agetran. “Sem o cartão, não adianta parar na vaga. Se o guarda passar e ver comente o carro sem o cartão, vai multar. Então todos precisam reunir os documentos necessários e ir até a Agetran”, explicou David Marques, coordenador da Coordenadoria de Apoio à Pessoa com Deficiência.
Conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em Campo Grande existem aproximadamente 200 mil pessoas com deficiência.
Segundo o presidente da Federação dos Deficientes Físicos do Estado, João Faria Alves, praticamente toda semana ocorrem situações de pessoas que não são deficientes e estão usando a vaga reservada. “E não adianta nada falar ou pedir para saírem. Ignoram a gente e a fiscalização não flagra nada”, explicou.
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