A inércia do Poder Público, falta de planejamento e sucateamento da malha ferroviária...
Brasil - Estado - Ponto de Vista - Logística e Transportes
“Sem viabilidade econômico, a Ferrovia Rumo Malha Oeste registrou despesas de R$ 512,6 mi em 3 anos
(Foto: Google Imagem)
A propósito da matéria divulgada pelo Correio do Estado nessa segunda (04), queremos aqui propor um debate de maior alcance com relação a essa questão envolvendo as estradas de ferro em operação e aquelas planejadas para serem implantadas em Mato Grosso do Sul. (abaixo, integra do texto do Correio)
"Sem o Governo federal assegurar uma política de aumento de demanda e do valor do frete para a ferrovia que corta Mato Grosso do Sul, a Rumo Malha Oeste S/A – que opera 1.973 quilômetros de ferrovia em solo sul-mato-grossense e paulista – registrou prejuízo superior a meio bilhão de reais nos últimos três anos, de acordo com relatório da empresa apresentado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Em 2015, foram R$ 141,7 milhões de saldo negativo, prejuízo que subiu para R$ 183,8 milhões em 2016 e chegou a R$ 187,1 milhões no ano passado, totalizando R$ 512,6 milhões.
Sem retorno econômico nesta malha, a holding Rumo – a qual a Malha Oeste é subordinada – foca seus investimentos em outro ramal, a Malha Norte - que começa em Mato Grosso, cruza a região Norte e Nordeste de Mato Grosso do Sul e segue por São Paulo até o Porto de Santos. A empresa tenta obter junto à CVM autorização para emitir debêntures que vão garantir os investimentos superiores a R$ 4,7 bilhões a esta ferrovia.”
Realidade
Em um estado com as dimensões de mato Grosso do Sul, a única estrada de ferro existente que faz a ligação Leste-Oeste, fazendo ligação com o estado mais importante da federação (São Paulo) não é inteligível esse tipo de descaso. A estrada construída de forma estratégica, jamais poderia paralisar suas atividades. Afinal, num pais de dimensões continentais, essa logística nos transportes é uma garantia para o desenvolvimento e segurança para as atividades produtivas de interesse dos dois estados.
O governo do estado deixa muito a desejar, quando não consegue mobilizar seus esforços políticos e econômicos para reverter essa situação, que incomoda a todos que conhecem os gargalos do escoamento da produção em nosso estado e a recepção de matérias primas tão necessárias para alimentar a cadeia produtiva da agroindústria e outros bens produzidos por aqui.
Esse descaso, gera um descompasso entre as ações para integração do corredor “Bioceanico” promovidas pelo governo do estado como é alardeado aos quatro ventos, que efetivamente faria a integração tão necessária dos meios de transporte de cargas, ligando o Porto de Santos aos Portos do Oceano Pacífico, localizados em território chileno. Dessa forma, o governo federal não se preocupa em regularizar ou fazer valer seu papel de agente regulador e propulsor do desenvolvimento regional, com integração de ações nesse sentido, fazendo com que os prejuízos sejam eminentes para a economia do estado como um todo.
Oxalá haja um despertamento dos agentes públicos e inciativa privada, incumbidos dessa retomada das ações de interesse público, viabilizando as ligações ferroviárias tão estratégicas para os interesses sul-mato-grossenses, no momento em que se fala da ligação entre Dourados e Porto de Paranaguá, que também não está acontecendo. Essas ações se bem posicionadas, possibilitará uma completa integração logística e uma força monumental para sua viabilização, entretanto o “gigante colosso” parece adormecido, com tanta corrupção, que o debate produtivo parece ter ficado esquecido ou relegado ao “quinto plano”.
Individualmente, cada um de nós como cidadão consciente - e a sociedade organizada como um todo - precisamos tomar partido e fazer valer o debate sério, voltar a atenção para aquelas ações geradoras de desenvolvimento e progresso, ao invés da guerra ideológica e política que toma conta das discussões em nosso dia-a-dia, principalmente no ano de eleições.
No caso, com boas escolhas, podemos ter sucesso nessa política estratégica que se busca, ao invés da guerra ideológica, vamos tomar partido de idéias promissoras, com garantias mínimas de exequibilidade. Se almejamos algo diferente disso que ai se instalou, precisamos efetivamente aprender a escolher as melhores propostas....
A Redação
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