Investimento, bilheteria, dívidas... O duelo entre Flamengo x Corinthians nas finanças
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Camisa do Corinthians ainda não tem patrocínio máster em 2018 — Foto: Marcos Ribolli
Gigantes do futebol brasileiro, Flamengo e Corinthians iniciam a disputa dentro de campo para chegar à final da Copa do Brasil nesta quarta-feira, às 21h45, no Maracanã. Se no gramado a expectativa é por um duelo parelho, fora das quatro linhas os dois times de maior torcida do país vivem momentos distintos em recentes administrações.
O Rubro-Negro calcula fechar o ano com dívida de cerca de R$ 330 milhões, enquanto no Corinthians os débitos atualizados já passam de R$ 500 milhões – de acordo com balancete divulgado na última terça-feira, véspera da partida – no infográfico abaixo, é considerado o valor de junho, para equiparação com o Flamengo.
As dificuldades alvinegras são explicadas pela Arena Corinthians. Para pagar o financiamento do estádio em Itaquera, o Timão não pode contar com uma de suas principais receitas, a de bilheteria. Atual campeão brasileiro, o Corinthians fechou o primeiro semestre com déficit de quase R$ 15 milhões – o Flamengo, em recuperação financeira, comemora outro superávit, agora de R$ 29 milhões.
A diferença pode ser sentida em outro número. Investimento em equipe. O Flamengo contabiliza cerca de R$ 68 milhões em compras neste ano – contando Henrique Dourado, Piris da Motta e Vitinho, a mais cara contratação da história. É mais ou menos o mesmo valor que o Timão tem de vendas neste ano, de acordo com o balanço do primeiro semestre divulgado pelo clube paulista.
Os dois clubes apresentam de maneiras diferentes números de receitas, custos, investimentos e dívidas em seus balanços. O GloboEsporte.comdiscriminou os principais destaques para comparar a situação financeira dos semifinalistas da Copa do Brasil de 2018.
As finanças do Flamengo
Depois de arrecadação recorde (R$ 650 milhões) impulsionada pela venda de Vinicius Junior em 2017, o Flamengo tem previsão de arrecadação mais "modesta" neste ano: R$ 450 milhões. O clube fechou o primeiro semestre com R$ 270 milhões de receitas brutas (R$ 257 milhões líquidas).
O Rubro-Negro registrou em balanço receitas de R$ 46 milhões com as saídas de dois reservas e um titular – Mancuello, por R$ 5,6 milhões, Vizeu, R$ 20 milhões, e Everton, R$ 15 milhões.
Dentro de campo os resultados ainda estão longe de vir – mais uma eliminação precoce na Libertadores (nas oitavas de final, depois de três eliminações consecutivas na primeira fase) é o símbolo dessa frustração. Mas a saúde financeira do Flamengo ficou evidente na contratação de Vitinho por 10 milhões de euros (mais de R$ 40 milhões, pela cotação do euro à época do investimento).
As contas do Corinthians
Se já não bastasse não contar com a receita de bilheteria, destinada ao pagamento da arena, o Timão ainda sofre com a falta de um patrocinador máster. Porém, o clube demonstra confiança em um acordo breve, o que poderia evitar mais um ano no vermelho.
Embora o presidente Andrés Sanchez diga que não precisa vender jogadores, tal expediente foi adotado neste ano para equilibrar as contas. O clube previu receber R$ 50 milhões com transferências em 2018, mas já faturou mais do que o dobro: R$ 106 milhões, segundo o balancete de julho.
Apesar das dificuldades, o Corinthians consegue se manter na briga por títulos: é o atual campeão brasileiro e bicampeão paulista. Além disso, o clube também investe em seu patrimônio e, atualmente, constrói o centro de treinamento das categorias de base, com previsão de conclusão em 2019.
Globo Esporte/JM
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