Nove dias após facada em Bolsonaro, Polícia Federal segue investigando conexões de autor do ataque
Brasil - Geral - Atentado ao Bolsonaro
Policiais também apuram operações financeiras de Adélio Bispo de Oliveira. Foi descoberto que ele usou dinheiro do FGTS, mas não se sabe o motivo – um segundo inquérito deve ser aberto.
(Foto: G1)
Nove dias após o atentado contra o candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro, a Polícia Federal segue investigando as conexões e operações financeiras de Adélio Bispo de Oliveira, que confessou ter dado a facada.
Policiais descobriram que ele usou dinheiro do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), mas ainda não sabem o motivo. O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, disse que a PF planeja encerrar até a próxima sexta-feira (21) o relatório da primeira fase de investigação e que, em seguida, pode ser aberto um segundo inquérito.
Bolsonaro sofreu o ataque em 6 de setembro durante ato de campanha em Juiz de Fora (MG). Desde então, o presidenciável passou por duas cirurgias e segue internado no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, para onde foi transferido. O boletim médico divulgado na manhã deste sábado informava que ele "mantém estabilidade clínica e não apresenta complicações".
A polícia divide as informações da investigação em duas linhas. A primeira é a autoria, já confessada por Adélio Bispo, que afirmou ter dado facada em Bolsonaro por motivações políticas e religiosas. Ele está preso e a faca foi apreendida.
A segunda linha são as possíveis conexões dele. É nessa parte que a Polícia Federal ainda precisa avançar. Policiais têm cruzado dados e analisado as possíveis ligações financeiras do agressor.
Investigadores ouvidos pelo Jornal Nacional dizem que "todas as possibilidades estão abertas" e que a única coisa que dá para dizer com segurança - até agora - é que não há indício concreto da participação de terceiros no crime.
Adélio Bispo foi indiciado por descumprir a lei de segurança nacional, que prevê pena em caso de "atentado pessoal por inconformismo político".
Veja os pontos da investigação até agora:
- Peritos analisam a quebra de sigilo de dados de quatro celulares, três chips e um notebook de Adélio Bispo.
- A PF já fez buscas em uma lan house de Juiz de Fora, onde o agressor esteve, e levou seis computadores usados por ele.
- O objetivo é saber com quem ele falou ou trocou mensagens antes do ataque.
- A Justiça negou a realização de exame de sanidade mental no agressor. Investigadores dizem que nada indica, até agora, que ele tenha algum problema psiquiátrico que o impeça de ter compreensão sobre o que fez.
- A PF encontrou com o agressor um cartão de crédito internacional e descobriu transferências bancárias dele usando dinheiro do FGTS.
Inquérito
Inquéritos que envolvem investigados presos devem ser concluídos em 15 dias. O ministro da Segurança Pública disse que a Polícia Federal tem sido "extremamente célere".
“A PF está sendo extremamente célere e temos a expectativa de cumprir os 15 dias de prazo para a entrega de, pelo menos, a primeira das investigações, exatamente da autoria, materialidade do atentado sofrido pelo candidato Jair Bolsonaro”, disse.
Segundo ele, o segundo inquérito, se aberto, irá focar nas circunstâncias do crime para "não deixar nenhuma dúvida" da motivação ou se teve algum coautor.
“Essa segunda investigação, vindo a ocorrer, ela dar-se ia sobre todas as outras circunstâncias, pistas, todas as possibilidades que envolvam qualquer tipo de coautoria no caso da agressão de Jair Bolsonaro, de forma a não deixar nenhuma dúvida, nenhuma possibilidade examinada, verificada e comprovada sua autenticidade e colocada ao crivo de toda opinião pública e da mídia do Brasil”, afirmou.
G1
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