Economia fraca e aumento da fiscalização reduzem mortes no trânsito, diz coronel da PM
Trânsito - Mortes no Trânsito Reduzidas
No ano passado, o número total de óbitos em acidentes caiu para 70, com 35 condutores de moto mortos - Foto: Valdenir Rezende / Correio do Estado
As mortes em decorrência de acidentes de trânsito reduziram nos últimos anos em Campo Grande. Em 2016, por exemplo, foram 116 mortes, sendo 70 delas de motociclistas. No ano passado, o número total de óbitos em acidentes caiu para 70, com 35 condutores de moto mortos.
Os dados vão ao encontro de levantamento divulgado ontem (18) pelo Ministério da Saúde mostrando que, em seis anos, houve uma redução de 27,4% dos óbitos nas capitais do país.
Para o tenente-coronel Franco Alan, comandante do Batalhão de Polícia Militar de Trânsito (BPTran) de Campo Grande, essa redução tem relação com o aumento da fiscalização nas ruas da cidade, rigidez da legislação e também do desaquecimento da economia. Isto porque, segundo ele, com a crise econômica as pessoas estão deixando de comprar motocicletas ou preferindo deixar as motos na garagem. “Quem deixou de morrer foi o motociclista”, disse.
Conforme dados da Agência Municipal de Transporte e Trânsito, em 2014, 72 motociclistas morreram vítimas de acidentes nas ruas de Campo Grande. No ano seguinte, o número teve uma redução de 13%, passando para 62. Em 2016, foram 48 mortes e, no ano passado, 35 mortes de motociclistas.
Em se tratando do total de óbitos, foram 112 em 2014, 93 no ano seguinte, 83 em 2016 e outros 70 óbitos no ano passado.
PESQUISA NACIONAL
O levantamento do Ministério da Saúde aponta que, a nível nacional, as mortes em pedestres é que tiveram a maior redução (44,7%), comparando dados entre 2010 e 2016. Os ocupantes de automóveis e os motociclistas apresentaram queda de 18% e 8%, respectivamente. Em 2010 foram registrados 7.952 óbitos, contra 5.773 em 2016.
A diretora do Departamento de Vigilância de Doenças e Agravos não Transmissíveis e Promoção da Saúde do Ministério da Saúde, Maria de Fátima Marinho, têm opinião semelhante a do comandante do BPTran em relação a possíveis causas desta redução.
Em entrevista à assessoria de imprensa do Ministério da Saúde, ela comentou que, “houve um aprimoramento da Legislação, aumento na fiscalização e alguns programas estratégicos, como o Vida no Trânsito. No entanto, o número de óbitos e internações ainda preocupa, especialmente os de motociclistas”.
PREJUÍZOS E PERFIL
Em 2017, os acidentes de trânsito causaram 35.036 internações ao custo de R$ 48 milhões nas capitais e no Distrito Federal. O número é menor do que o de 2016, quando os acidentes registraram 37.890 internações ao custo de R$ 54 milhões.
Os acidentes de trânsito têm maior ocorrência entre os homens jovens, com idades entre 20 a 39 anos. As principais vítimas fatais são os motociclistas, seguidos pelos ocupantes de automóveis e pedestres.
Correio do Estado/ JM
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