Universidade da Grande Dourados não informou a razão das paralisações.
Foto: A previsão para entregar o prédio do EAD era setembro de 2015; o gasto foi estimado em R$ 3,4 milhões (Gerson Oliveira / Correio do Estado)
A Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) tem, pelo menos, R$ 11,2 milhões em obras paradas na unidade II, em Dourados. Entre as construções, está o prédio da Reitoria, iniciado há seis anos, além de salas de aula e laboratórios com capacidade para atender aproximadamente 500 estudantes.
Os prédios – alguns já deteriorados – somam 11,3 mil metros quadrados. Há estruturas no estágio inicial das obras, outras próximas do acabamento.
O edifício da Reitoria é o mais avançado e também o mais antigo. A construção começou em 2012 e seria retomada três anos depois, mas a concorrência foi revogada. A finalização foi orçada em R$ 2,7 milhões. A UFGD não informou o valor inicial da obra.
A Reitoria tem 3 mil m² e deveria abranger também as pró-reitorias, coordenadorias, procuradoria e assessoria. De acordo com documentos anexados ao edital para a concorrência revogada, a fase das obras no prédio apresentava “execução total da infra-estrutura e execução parcial da superestrutura, cobertura, paredes e painéis, esquadrias e demais serviços”.
De perto, a situação é de abandono. As colunas, já ladrilhadas, contrastam com a sujeira acumulada no fosso do elevador. Caixas e materiais foram esquecidos no térreo, consumidos por poeira e umidade. Manchas escuras tomaram conta de parte da fachada.
Já as obras do Centro de Laboratórios ainda têm alvenaria aparente. A construção de 2,5 mil m² foi orçada em R$ 4,5 milhões, prevista para começar em fevereiro de 2015 e ser entregue um ano depois.
O local tem investimento da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), empresa pública brasileira de incentivo à ciência, tecnologia e inovação. Entre os projetos que seriam ali abrigados estão os Laboratórios Integrados de Pesquisa em Bioprospecção Molecular e Bioensaios (Bioprospec), o Centro de Pesquisa em Biotecnologia Agroindustrial (CPBioagro), o Centro Interdisciplinar de Produção e Análise de Biocombustíveis e Substâncias Bioativas (Cinprobio) e a Biblioteca da Faculdade de Direito e Relações Internacionais (BibliFadir).
As estruturas onde deveriam funcionar o Ensino à Distância (EAD) e a segunda unidade da Faculdade Intercultural Indígena (Faind) são as que avançaram menos. As encostas de madeira e os vergalhões expostos mostram que as obras estavam no começo quando foram
abandonadas.
A previsão para entregar o prédio do EAD, de 2,7 mil m², era setembro de 2015. O projeto arquitetônico do espaço desenhou duas salas de aula para comportar até 91 pessoas, além de laboratórios e estúdios. O gasto foi estimado em R$ 3,4 milhões
O edifício da Faind teria 1,1 mil m² e, entre outras divisões, deve dispor de oito salas de aula com capacidade para atender 462 estudantes. Os trabalhos foram orçados em R$ 1,3 milhões e deveriam ter sido concluídos até julho de 2015.
Por sua vez, a Faculdade de Engenharia (Faen) já se parece mais com um prédio, mas o tempo de descuido deixou sinais. Uma árvore nasceu à beira do concreto. Uma caçamba e uma betoneira próximas à estrutura
estão ociosas.
A obra tem 2 mil m² e foi estimada em R$ 2 milhões. O projeto conta com 12 laboratórios e 17 gabinetes para professores, bem como salas para reunião e coordenação. O prazo para entrega venceu em setembro de 2015.
A reportagem buscou respostas com a UFGD, via assessoria de imprensa, mas não recebeu retorno até o fechamento da matéria.
LICITAÇÕES
Este ano, a UFGD abriu concorrência para terminar três das cinco obras abandonadas. A primeira delas teve a Faen como objetivo, mas as duas empresas no páreo foram inabilitadas.
A instituição abriu nova concorrência para finalizar o prédio, com investimento previsto de R$ 2,8 milhões. O término das estruturas da Faind e do EAD também foi licitado. O primeiro com valor orçado em R$ 1,8 milhão e o segundo em R$ 3,1 milhões. A abertura dos envelopes das três licitações ainda não foi realizada.
Somado com o orçamento para retomada frustrada das obras da reitoria (R$ 2,7 milhões), o investimento necessário para terminar quatro dos cinco prédios abandonados chega a R$ 10,4 milhões.
Correio do Estado
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