Jair Ventura mostra lousa tática e explica conceitos em início no Corinthians
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Jair Ventura, técnico do Corinthians, com seu quadro tático — Foto: Diego Ribeiro
Um treinador mutável, que não se prende a um determinado esquema tático ou uma única forma de jogar. É assim que se define Jair Ventura, que nesta quarta-feira tentará levar o Corinthians à final da Copa do Brasil. Após empate sem gols no Maracanã, o Timão recebe o Flamengo às 21h45, em Itaquera.
Jair Ventura recebeu o GloboEsporte.com no CT Joaquim Grava para falar sobre suas preferências, métodos de trabalho e conceitos de futebol. Para isso, usou a sua lousa tática, que o acompanha por onde vai. Confira abaixo a entrevista:
Qual a importância do uso dessa prancheta no gramado em todos os treinos?
– A gente usa, acho importante, facilita para os jogadores visualizarem o que você quer, alguma movimentação, alguma jogada. Você tem 33 jogadores, se você pega algo muito pequeno fica difícil para todos olharem. Eu gosto de usar, claro que no dia do jogo a gente não consegue. No jogo eu uso o iPad ou uma prancheta menor, mas aqui eu gosto de levar a grande para o campo.
A prancheta, o bloquinho, são coisas de treinadores mais “tradicionais”. Ao mesmo tempo, você é um dos que surgem nessa nova geração. Como você tenta mesclar essas duas gerações?
– Eu tive treinadores tradicionais, mais jovens, sou um pouco de cada. Lógico que as pessoas acabam dando rótulos, mas sou o que acreditei que era. Sou ex-atleta, parei de jogar com 26 anos, e sou acadêmico, professor de educação física formado também. Eu acho importante ter a vivência do vestiário, o estilo “boleirão”, mas ter o acadêmico também. Sou esse cara que tem um pouquinho de cada.
O que você imagina nessa prancheta para o seu Corinthians ideal?
– Não tenho um conceito ideal, o ideal é o que eles me apresentam dentro do campo. Se eu tiver dois camisas 9 em grande momento, vão jogar os dois. Se tiver três meias de organização em bom momento, vou colocar os três, um deles como primeiro volante. Se eu não tiver jogador de velocidade, não posso jogar num 4-3-3. Não tenho um sistema predileto, não sou engessado, e sempre vou jogar de acordo com o que os jogadores me mostrarem naquele momento. Não posso fazer um time de transição se não tiver jogadores de transição. Não tem um sistema, uma maneira de jogar única, tanto que no Santos jogamos com quatro atacantes e vencemos o Palmeiras na casa deles. Tem de jogar quem está em melhor momento. Arrumamos espaço para esses jogadores todos.
Você costuma observar muito as características do jogador e adaptá-las ao time. Nesse início, já pudemos ver o Jadson jogando mais avançado...
– Avanço o Jadson pelo poder de finalização que ele tem, e assim ele fez um gol contra o Sport. O Jadson é muito decisivo mais próximo da área, mas ele também é participativo na parte de organização. Tem de ter o equilíbrio e dar um pouco mais de liberdade a ele chegar mais perto do gol.
A semana livre antes do jogo contra o Inter serviu para aplicar melhor seus conceitos no Corinthians?
– Essa semana foi mais de encher o tanque dos atletas do que o próprio trabalho. Tivemos de recuperar de uma sequência desgastante que tivemos, vamos entrar numa decisão de Copa do Brasil. Não podemos implantar muita coisa ainda para não sobrecarregar o HD deles. Gradativamente vamos crescendo. Não só nos resultados, mas que dentro do campo a gente comece a ver alguma coisinha do que vamos fazendo. A gente não engessa os trabalhos também, fazemos o que possa servir de alicerce para quando eles estão em campo.
Você tem histórico de revelar jogadores, e o que pensa para o Pedrinho?
– A gente sofre bastante como treinador, mas o que me dá mais prazer é revelar jovens. Igor Rabello no Botafogo, Matheus Fernandes, isso é gostoso. Me cobravam muito a situação de o Rodrygo não ser titular, pouco a pouco ele foi entrando, entendendo a situação defensiva. “Ah, mas você quer matar o jogador que tem qualidade”. Não, ele tem de ter equilíbrio. Hoje o Cavani marca, o Neymar marca, o Coutinho marca, todo mundo volta, o Mbappé marca. Para você ser completo, tem de ter esse equilíbrio. O Pedrinho tem um terço final maravilhoso, e ele vai chegar a esse nível de conseguir ser decisivo no terço final e também competitivo e ajudando na marcação. Que ele possa seguir o caminho do Rodrygo, ser titular, quem ganha é o Corinthians.
Globo Esporte/JM
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