Dani Lins engole a saudade e busca Mundial pela pequena Lara: "Espero que sinta orgulho"
Brasil - Esporte - Vôlei
Divulgação/CBV
A mala pronta, tudo certo, e o pedido final. Perto de embarcar para o Japão, onde tenta levar a seleção brasileira ao inédito título mundial, Dani Lins pediu para que seu marido, Sidão, espalhasse fotos suas pela casa. A viagem seria longa, e a levantadora não queria correr riscos.
- Eu falei para colocar foto minha pela casa, foto no espelho, foto minha, pelo amor de Deus. Sidão disse que ela não vai esquecer, mas esquece. Na semana que fiquei fora pelos amistosos (contra os Estados Unidos), ela chorou, não queria vir comigo. Eu entrei em desespero. Imagina um mês! Mas ele diz que ela não vai esquecer. Ele me dá muita segurança. Então fico tranquila.
Nesta semana, a pequena Lara completou sete meses. Aos cuidados do pai e de familiares, ainda não consegue ter a dimensão do desafio da mãe. Campeã olímpica, Dani Lins é peça fundamental no esquema de José Roberto Guimarães no Mundial. O primeiro passo é na madrugada deste sábado, à 1h40 (horário de Brasília), contra Porto Rico. O SporTV 2 transmite a partida ao vivo.
- Desde quando eu pensei, falei que queria ser mãe, sabia que ia passar por isso. É o meu trabalho, é o que eu amo fazer. É o que eu sempre falo: espero que sinta orgulho de mim. Da mãe que se sacrificou, para ir a um Mundial, a uma Olimpíada, a qualquer campeonato. Estou fazendo tudo isso por ela. Para ela. É bom a gente chorar agora para sorrir depois, né?
Dani Lins tem a companhia de Tandara, outra mãe do grupo. A oposta é mais experiente: Maria Clara nasceu em 2015. Agora, ajuda a levantadora no processo de adaptação.
- Dizem que a gente se acostuma, mas não se acostuma. Tandara está mais nesse barco de mãe do que eu. Nesse momento, a gente sente mais falta. Depois, é pior. Porque a gente e eles sentem falta. Essa semana, por exemplo, ela fez sete meses. Daí o Sidão, de sacanagem mesmo, tira uma foto dela dormindo, mimando. E eu começo a chorar. É complicado.
O fuso horário também não ajuda. A diferença de 12 horas no relógio torna a comunicação ainda mais difícil. Mas Dani tenta aproveitar da melhor maneira possível.
- Eu fico monitorando os horários dela. Quando acordo, fico desesperada e ligo para a minha tia para saber. “E aí, Ju?”. “Acabou de dormir”. Droga. Mas hoje me mandou mensagem, disse que tinha acabado de acordar, então nos falamos por vídeo. É isso. Quaisquer cinco minutinhos estão valendo. Para não deixar de me ver.
Uma coisa, porém, é certa: Dani se vê mais forte. No papel de mãe, viu aumentar a garra na busca pelos objetivos. No Japão, a campeã olímpica tenta dar mais um passo para provar que tanto esforço valeu a pena.
- Essa garra, essa autoconfiança, fica mais forte. Não tem como. Eu vejo tudo o que passei. Tentei treinar com bola ainda grávida. Porque eu queria voltar e conquistar esse Mundial, estar nesse Mundial. E, depois que nasceu, quando comecei a treinar, fui em busca do meu físico. Quando busquei meu físico, fui em busca da minha técnica. Objetivo por objetivo. E, agora que estou aqui, é em busca do campeonato. A gente chora lá no quarto e, no treino, a gente esquece e treina.
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