Volta de lesionados e liberação de Leal: ponta é a posição que mais pode ter mudanças rumo a Tóquio
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Foto: Reuters
A aposentadoria de Lipe da seleção no meio do ciclo deixa claro que mudanças estão por vir rumo aos Jogos de Tóquio. Mas, mesmo antes do anúncio do veterano, era previsível que a ponta seria a posição mais suscetível a alterações nas próximas convocações de Renan Dal Zotto. Se nesta temporada os desfalques pesaram, na próxima a função deve dar uma boa dor de cabeça ao técnico. Lucarelli e Maurício Borges estarão recuperados de lesão e Leal será liberado pela Federação Internacional (FIVB) para defender o país.
- É bom saber que para o ano que vem a gente pode contar com um elenco maior. A gente viu que a Liga das Nações é uma competição extremamente larga, grande, e vai precisar de um grupo grande também para poder suportar essa carga de viagens. E no decorrer do ano a gente vai, durante os treinamentos, jogos e tal, ver quem realmente pode fazer parte efetiva da seleção brasileira – disse Renan.
Antes do Mundial da Itália e da Bulgária, o setor era a maior incógnita. Lipe se apresentou no sacrifício, sofrendo com uma tendinite crônica no cotovelo direito. Douglas Souza, apesar de campeão olímpico na Rio 2016, ainda não havia sido testado em uma competição deste porte. Lucas Loh, eficiente no passe, e Kadu, que conquistou a confiança da comissão técnica pelo desempenho nos treinos e nos amitosos contra a Holanda, completaram a convocação.
Douglas e Kadu começaram como titulares. O primeiro não só manteve o posto como despontou como destaque do Brasil na competição, tendo o desempenho reconhecido ao integrar a seleção do campeonato. Kadu sofreu na linha de passe e deu lugar a Lipe nos jogos decisivos. Lucas Loh, apesar de passar a maior parte da competição no banco, agregou muito na recepção sempre que acionado para melhorar a eficiência no fundamento.
Para o ano que vem, o cenário terá mais opções, apesar do adeus de Lipe. Lucarelli, que passou nove meses em recuperação de uma lesão no tendão de Aquiles e pediu dispensa por não se considerar no nível exigido em um Mundial depois, estará à disposição. Maurício Borges, que passou por cirurgia após romper um ligamento cruzado anterior do joelho direito, também. E ainda teremos Leal finalmente liberado para vestir a camisa da seleção.
Multicampeão com o Cruzeiro, o cubano se naturalizou em 2015 e poderá defender o Brasil a partir de 30 de abril de 2019, pegando toda a temporada de seleções. Seria a primeira vez na história que o país contaria com um estrangeiro no elenco. A Itália conta com Osmany Juantorena, e Wilfredo León, jogador mais bem pago do mundo, será liberado para defender a Polônia em abril do ano que vem – todos são cubanos.
Para Giba, ponteiro campeão olímpico em 2004 e tricampeão mundial com a seleção, o Brasil ganha e muito com essa oferta.
- É a primeira vez na história do Brasil que acontece isso, um jogador naturalizado. Minha opinião sincera: ele vai dar uma mão danada para o Brasil, vai ajudar bastante. Nossos ponteiros vão ter dificuldades, mas vai ser uma briga grande que só vai favorecer o Brasil. A gente sempre teve Nalbert, Dante, eu, Giovani, depois veio Murilo. A gente sempre teve brigas boas na seleção, mas saudáveis. E todos os jogadores precisam colocar a mão na consciência e saber que vai ser uma briga saudável. Quem estiver melhor vai estar dentro da seleção.
Globo Esporte/JM
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