Cruzeiro afirma que foi avisado sobre problema em linha do VAR antes de jogo com o Boca
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Árbitro uruguaio Andres Cunha foi bastante criticado pelo Cruzeiro — Foto: Cristiane Mattos/BP Filmes
O árbitro de vídeo (VAR) não teria sido utilizado pelo árbitro uruguaio Andres Cunha no jogo entre Cruzeiro e Boca Juniors, no Mineirão, pela partida de volta das quartas de final da Taça Libertadores. A informação revelada pelo jornalista Hernán Castillo, da TNT Sports, da Argentina, é que o equipamento não funcionou. O jogo terminou empatado por 1 a 1, resultado que eliminou o Cruzeiro, causando revolta entre jogadores e dirigentes do clube, principalmente por decisões tomadas em campo pelo uruguaio Andres Cunha.
Procurado pela reportagem, o Cruzeiro admitiu que, antes da partida, a comissão técnica do clube foi chamada pelos responsáveis pelo VAR e comunicada que uma das fases, a da linha de impedimento, não estava funcionando. Segundo Sérgio Nonato, diretor geral do clube, foi passado que a falha não prejudicaria a recepção e a visualização geral das imagens.
Marcone Barbosa, gerente de futebol do Cruzeiro, esclarece que o clube apenas foi comunicado sobre o problema e que, nesse caso, o time mineiro não tem poder de veto ou questionamento sobre o assunto. Uma fonte da Conmebol admitiu ao GloboEsporte.com que houve uma falha pontual no sistema do VAR, porém em uma ferramenta que auxilia o uso do equipamento, chamada “linha virtual”, usada para ajudar em lances de impedimento, por exemplo.
Essa mesma fonte nega que o VAR não tenha funcionado durante o jogo entre Cruzeiro e Boca Juniors. Segundo ela, a recepção de imagens das câmeras ocorreu normalmente para a análise das jogadas pelo uruguaio Leodan Gonzalez, árbitro de vídeo da partida (confira logo abaixo a opinião de Márcio Rezende Freitas sobre os lances polêmicos da partida).
A Minas Arena, administradora do Mineirão, também se posicionou. Segundo a gestora, o VAR foi instalado dentro de um container localizado no estacionamento do estádio, a pedido da Conmebol, diferentemente do que ocorreu na Copa do Brasil, quando foi disponibilizada uma sala para os árbitros e o equipamento. Diante disso, a administradora do Mineirão não se responsabiliza por problemas ocorridos.
A principal reclamação do Cruzeiro pela ausência do VAR na partida foi a jogada que poderia ter sido finalizada com o gol de Barcos.Porém, o uruguaio Andres Cunha parou o lance antes, anotando falta de Dedé no goleiro Rossi, por jogada perigosa. O jogo estava 0 a 0 naquele momento.
- Temos todos, no futebol brasileiro, que ficar indignados. Enquanto nós não nos fortalecermos, vamos ficar nas mãos de venais. O que adianta o VAR, se quem resolve é um juiz venal. Vocês viram o tempo todo. Ele segurou o time, prendeu o time - disparou o presidente do Cruzeiro, Wagner Pires de Sá.
Globo Esporte/JM
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