Arthur em entrevista coletiva nesta quarta — Foto: Pedro Martins / MoWA Press

Em menos de seis meses, Arthur já se tornou titular do Barcelona, está prestes a repetir o feito na seleção brasileira, e recebeu rasgados elogios de dois dos mais icônicos representantes do bom futebol: Lionel Messi e Xavi.

Um cenário perfeito, tudo como ele imaginava quando era criancinha, como ele definiu em entrevista coletiva no CT do Arsenal, nesta quarta-feira. Mas, ao mesmo tempo, perigoso.

Segundo o volante da seleção brasileira, a presença da família, que ele levou para Barcelona quando se transferiu do Grêmio, é fundamental para mantê-lo com os pés no chão.

– Receber elogio de quem sou fã me traz muita confiança, mas tenho que saber lidar com esses elogios. Não posso deixar subir para a cabeça porque, realmente, é especial. Minha família me dá puxões de orelha e coloca meu pezinho no chão para eu continuar trabalhando. Sou grato por ter minha família para me orientar nas horas difíceis, por isso fiz questão de levar a todos para Barcelona. É uma mudança muito drástica – admitiu.

Uma das razões para receber tantos elogios de jogadores históricos é o estilo de jogo, raro especialmente no Brasil. Em entrevista recente ao GloboEsporte.com, Tite sugeriu uma série de mudanças na filosofia das categorias de base para que outros atletas com as características de Arthur pudessem surgir.

No caso do volante, de 22 anos, foi algo bastante natural.

– Sempre levei essa qualidade comigo. Tive vários treinadores importantes na base e sou grato ao Grêmio pela minha formação, mas esse estilo é minha maneira de enxergar o futebol. Veio comigo desde sempre, e fico feliz por estar dando resultado e por chegar a um dos maiores clubes do mundo e à seleção brasileira, que é o sonho de toda criança.

O Brasil enfrenta o Uruguai na próxima sexta, no estádio do Arsenal, em Londres, às 18h (de Brasília). Na terça, o confronto será contra Camarões, no estádio do MK Dons, em Milton Keynes, às 17h30. A TV Globo e o SporTV transmite as partidas ao vivo, e o GloboEsporte.com acompanha em Tempo Real.

Veja outras respostas de Arthur na entrevista coletiva de quarta-feira:

Ritmo dos treinos da Seleção

– Eu me assustei na primeira convocação, falei com alguns companheiros que era muito intenso, pegado, mas uma competição leal. O professor Tite cobra isso de nós. Isso aumenta o nível de competitividade, e levamos para o jogo. Tem de ser dessa forma, de maneira leal, mas com intensidade bem alta.

Suárez, companheiro de Barcelona

– Brinquei com o Suárez porque no jogo passado da Seleção contra o Uruguai ele não foi, estava com uma pequena lesão. Eu disse: “Justo agora, cara?!”. Mas é bom para o amante do futebol ter mais um craque em campo. Desejo toda sorte do mundo a ele, que seja um grande espetáculo.

Enfrentar Suárez e Cavani

– Temos de neutralizar os pontos fortes deles. Os dois formam uma bela dupla, então quanto menos pegarem na bola, menos perigo para nós. O Tite já tem isso em conta, ninguém melhor do que ele para nos acomodar em campo. Ele é estrategista, inteligente, está por dentro de todas as novidades, do que cada jogador faz e tem de qualidade.