Angioni confirma cobrança no Fluminense por salários e descarta demitir Marcelo Oliveira
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Paulo Angioni conversou com jornalistas sobre a situação do Fluminense — Foto: Edgard Maciel de Sá
Em entrevista coletiva na tarde desta sexta-feira, Paulo Angioni, diretor executivo de futebol, falou da situação do Fluminense. O dirigente confirmou a cobrança feita pelo grupo de jogadores, em especial o atacante Marcos Junior, sobre o pagamento dos salários atrasados. Ele definiu o caso como legítimo.
- Não foi diferente do que já vivi no futebol. A cobrança pelos atrasos é legítima. Não foi cobrança calorosa, foi uma abordagem, ouvi, respeitei e continuo respeitando. Não posso criar um monstro em cima disso. Há um atraso e a solicitação de pagamento, a chateação normal. Envolve clubes, jogadores, funcionários. Eu fiz com que a direção também entendesse e pronto. É uma cobrança legítima - disse o dirigente.
Após a derrota para o Palmeiras, na quarta-feira, em São Paulo, pelo Brasileirão, Angioni foi conversar com o grupo de atletas ainda no vestiário da arena alviverde. E ouviu de Marcos Junior a cobrança. Atualmente, o elenco tem por receber dois meses CLT (setembro e outubro) e cinco de direitos de imagem. O valor total beira os R$ 9 milhões.
Sem vencer nas últimas quatro rodadas do Brasileirão, o Tricolor é o 12º com 41 pontos, quatro a mais do que a zona de rebaixamento.Segundo o matemático Tristao Garcia, as chances de queda para a Série B são de 3%. Angioni negou chance de demissão do técnico Marcelo Oliveira, que ainda disputa vaga na final da Sul-Americana:
- Não tem essa possibilidade. Acreditamos muito no trabalho, continuamos acreditando e vamos acreditar até o final.
Questionado se Marcelo cumpriria o contrato até 31 de dezembro, data de encerramento, Angioni completou:
- Isso é o que eu acredito que sim.
Neste clima, portanto, o Fluminense se prepara para enfrentar o Ceará. A partida será segunda-feira, no Maracanã, pela 35ª rodada do Brasileirão.
Mais respostas de Paulo Angioni:
Ausência do presidente Pedro Abad no vestiário da Arena Palmeiras
A ausência do presidente naquele jogo foi pontual. No jogo anterior ele esteve na concentração, almoçou com a delegação, foi para o jogo... Mas nesse jogo talvez tenha sido o primeiro que o presidente não estava desde que cheguei ao clube. Ele teve uma ausência pontual e para tentar resolver a situação financeira.
Ausência do vice de futebol Fabiano Camargo no vestiário da Arena Palmeiras
Coincidiu que nesse dia o Fabiano (Camargo, vice-presidente de futebol) também tinha um compromisso. Mas isso amplia a discussão. No futebol, lamentavelmente, conversamos muito sobre o pontual. Se fala muito da profissionalização. Mas quando questionam a ausência de dirigentes amadores, me preocupa. Para onde vai esse profissionalismo? Estou aqui para ser cobrado, sou eu que tenho que ser esse porta-voz.
Total da dívida com o elenco
Flu tem uma pendência de dois meses de salários e de quatro a cinco meses de imagem. Estamos esperando, tentando uma solução o mais rapidamente possível. Em duas situações dissemos que havia uma possibilidade de prazo, mas que em função da burocracia da ação que está sendo realizada não se cumpriu. Isso provavelmente foi a causa da abordagem. Havia uma perspectiva. E virou uma data certa para eles. Se misturou um pouco.
Origem do dinheiro para quitar dívida
Não estou totalmente a par desta situação. Estamos trabalhando em algumas frentes além do Richarlison (Flu tem direito a 10% da diferença entre o valor pago pelo Watford e o vendido ao Everton). Eu acredito que ainda não recebemos todo o valor, mas não posso afirmar. Esse dinheiro só não é suficiente para fechar o ano zerado. A ansiedade é normal, a cobrança é legítima.
Situação no Brasileirão
Sobre o Brasileirão em si, diante das afirmações dos matemáticos após a rodada, estamos em situação mais confortável. Com 44 pontos está fora do rebaixamento. Temos 12 pontos em disputa ainda. O retrospecto ruim traz temor. Mas acreditamos que podemos resolver isso antes das rodadas finais. O Fluminense teve bons resultados há pouco tempo, há chance de reverter esse quadro e vamos atrás disso. A rodada nos deu um pouco mais de certeza de que isso não vai nos preocupar tanto. Uma vitória simples sobre o Ceará nos livra dessa sombra.
Interesse do Corinthians em Richard
É outra coisa que temos que nos adaptar. No passado o futebol brasileiro tratava da composição do elenco em dezembro. E agora é preciso mais tempo. As equipes começaram a tratar o ano seguinte em setembro, outubro, dentro da própria competição. O que é complicado. Nas especulações surgem vários nomes. É desconfortável para quem ainda está lutando por alguma coisa e tem seu jogador falado na mídia. Não há nada concreto, tá tudo muito parado.
Renovações de contrato
Não tenho nenhuma situação concreta. Mas já conversei algumas vezes com os empresários e estou tentando equacionar. Gum, Julio César, Gilberto... Marcos Junior é direto com o presidente. Rodolfo também é comigo. Estamos tratando dentro das dificuldades financeiras do clube. Temos a intenção de manter os jogadores, tanto que já iniciamos as conversas.
Globo Esporte/JM
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