Resiliência, torcida apaixonada e sanidade na loucura: o que levou o Ceará de Lisca a ficar na Série A
Brasil - Esporte - Futebol
Mauro Jefferson / cearasc.com
A temporada 2018 vai ficar gravada na cabeça do torcedor do Ceará. O entusiasmo pós-conquista do título estadual, o cambaleio nas primeiras rodadas da Série A, a chegada de Lisca "Doido", o apoio da torcida, as lágrimas e os brados de alegria após alcançar a meta: permanecer na elite. O torcedor foi quem mais acreditou em terra firme, enquanto o barco estava à deriva em alto mar, ainda no pré-Copa do Mundo.
Quando as vitórias não vieram, perdeu o técnico que garantiu o acesso à Série A em 2017, Marcelo Chamusca. Depois, o time foi deixado por Jorginho, que partiu para o Vasco. Quando o rebaixamento parecia ser uma realidade, com três pontos conquistados em 27 possíveis, Lisca foi a esperança bem-vinda. Mesmo que, naquele momento, chegasse como uma incógnita, mesmo depois de salvar o Ceará do rebaixamento à Série C em 2015.
Mesmo para um grande clube do Nordeste, ascender à Série A e permanecer nela é uma tarefa árdua. O Ceará sentiu o peso de uma disputa com times de orçamentos e investimentos maiores. O início da campanha se deu da pior forma possível, com três pontos em nove rodadas. Quando Lisca assumiu o comando, na 10ª rodada, tomou como meta não perder e aproveitar a pausa para Copa do Mundo para colocar ordem na casa. No retorno do campeonato, a reação veio. Na 37ª rodada, com 43 pontos, o Ceará garantiu a permanência na competição para 2019, com uma rodada de antecedência. Um dos maiores feitos da história do clube.
Toda a recompensa é fruto de um forte laço entre diretoria, comissão técnica, jogadores e torcida. O presidente do clube, Robinson de Castro, bancou a contratação do "Doido", que deu certo. A gestão soube ser pontual e deu apoio às escolhas do técnico Lisca. O comandante recuperou a confiança de jogadores como Everson, Richardson e recuperou outros, como Ricardinho. Montou um padrão tático para o time, apostou em uma defesa sólida. Construiu um ataque efetivo, capitaneado por Arthur, que agora já acertou com o Palmeiras.
Além disso, foi motivador e confiante, mostrando aos jogadores que era possível conquistar resultados positivos e se ver livre da zona de rebaixamento. Soube trazer para o clube jogadores fundamentais, a exemplo do campeão da Série D do Brasileiro com o Ferroviário, Juninho Quixadá. Soube ter a visão de colocar em campo joias que surgiram na base, como Felipe Jonatan.
Com um time organizado, o Ceará chegou a figurar entre as cinco melhores campanhas do returno. Hoje, faz uma campanha que o credenciaria para a Libertadores. Briga por Sul-Americana. Venceu grandes clubes fora de casa, como Cruzeiro, recém-campeão da Copa do Brasil, no Mineirão, e Flamengo, em um Maracanã lotado. Com raça e aplicação tática, o Vovô afastou o fantasma do rebaixamento e provou a força que possui. Passou de time quase rebaixado a respeitado e parabenizado.
Globo Esporte/JM
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