Serviço ruim não justifica aumento na tarifa de ônibus, dizem passageiros
Transporte - Ações Públicas/ Aumento de Tarifa
A partir de hoje preço da passagem sobe de R$ 3,70 para R$ 3,95
Maria Helena mostrou descontentamento com a nova tarifa. - Valdenir Rezende
O aumento da tarifa de ônibus, de R$ 3,70 para R$ 3,95, passou a valer nesta segunda-feira e desagradou os usuários do transporte público em Campo Grande. Além do preço, passageiros ouvidos pela reportagem reclamaram dos atrasos dos ônibus, redução da frota, superlotação e veículos em situações precárias com janelas que sequer abrem.
Esperando condução em um ponto da Praça Ary Coelho, Maria Helena dos Santos, de 49 anos, promotora de vendas, chegou a cogitar um boicote ao Consórcio Guaicurus, que explora o transporte no município. “Vamos parar de pegar estes ônibus, porque quem sabe se doer no bolso da empresa, talvez ela passe a dar melhores condições para nós”, disse.
Helena mora no Jardim Centenário e toda manhã pega dois ônibus para chegar ao trabalho na Rua Rui Barbosa. “Acho esse aumento abusivo, pois o preço não é condizente com a qualidade dos ônibus que a gente é obrigado a pegar. Estão sempre lotados e depois que tiraram o sanfonado, ficou ainda pior, pois o horário diminuiu”, ressaltou ela, lembrando que agora o ônibus só passa de hora em hora no bairro dela. “Antes era de 30 em 30 minutos”, lamentou.
Funcionária do setor de recursos humanos em um supermercado na Rua Joaquim Murtinho, Aparecida Rodrigues Barroso, de 55 anos, também mostrou descontentamento. “O valor da passagem não corresponde aos ônibus, que são barulhentos e muitos nem a janela abre”, reclamou.
Outro problema de acordo com ela, é que diminuiu o fluxo de transporte no Jardim Aymoré, onde ela reside, mas o número de passageiros continua o mesmo. “Para chegar no trabalho às 8 horas, tem que acordo às 5 horas e pegar o ônibus às 6 horas. E além disso eles estão sempre super lotados. Seria preciso mais ônibus”.
A demora também foi um dos problemas citados por Eliete Silva, de 55 anos. A mulher trabalha em uma instituição pública na Chácara Cachoeira e sempre chega tarde em casa após o expediente, em razão do transporte. “Eu saio às 18, mas só vou chegar em casa lá pelas 20h, porque o ônibus demora a passar e quando passa, vem sempre lotado. Por isso não concordo com esse aumento na passagem”.
AUMENTO
Conforme decreto, a tarifa das linhas convencionais do transporte coletivo será de R$ 3,95 e a das linhas executivas, conhecida como “fresquinho”, passa para R$ 4,80. Nas datas especiais, que são Dia do Trabalho, Dia das Mães, Dia dos Pais, Aniversário de Campo Grande, Finados, Natal e Ano Novo, o preço da passagem convencional será de R$ 1,58, exclusiva para pagamento com cartão eletrônico recarregável. O troco máximo estipulado para as linhas circulares executivas, terminais de transbordo e estação Peg-Fácil é de R$ 20.
Durante agenda pública na manhã desta segunda-feira, o prefeito Marcos Trad destacou que os reajustes já estavam previstos conforme contrato firmado na gestão anterior. “Se o contrato prevê a gente tem que cumprir. Existem cláusulas que direcionam para uma fórmula e os aumentos que existem não são de interferência do Executivo. O preço do diesel, por exemplo, é uma decisão nacional”, pontuou.
Correio do Estado/PH
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