Júlio César revela ter analisado vídeo com cobrança de pênalti de Luan: "Falei que ia pegar"
Brasil - Esporte - Futebol
Foto: Andre Durão
A defesa do pênalti cobrado por Luan foi com a mão direita de Júlio César, mas tem por trás uma história que revela o trabalho de equipe do Fluminense. Nesta segunda-feira, ao receber o GloboEsporte.com em sua casa, no Rio de Janeiro, o goleiro contou ter visto um vídeo produzido pela equipe de scout do Tricolor, no qual se inspirou para fazer a intervenção que ajudou a salvar o time do rebaixamento.
Júlio contou que, durante o trajeto no ônibus até o Maracanã, momento em que costuma observar o material, percebeu que havia apenas uma cobrança de Luan (reveja abaixo a batida contra o Boa Esporte, pelo Campeonato Mineiro). Rafael Moura, por exemplo, tinha entre 10 e 12. Depois de quase passar desapercebido, o goleiro achou que deveria rever a imagem. E o chute foi no mesmo canto.
- Surgiu uma situação interessante (sobre o pênalti). Nós estudamos, recebemos o vídeo do pessoal do scout. Eles trabalham muito e pouco aparecem, então, têm de ser valorizados. É bacana valorizar, esses caras ficam sei lá quantas horas vendo vídeos, cortam e colocam dois minutos para a gente - disse, para completar:
- Quando chegou na parte dos pênaltis, tinha vários pênaltis do Rafael Moura. Bate aqui, bate ali. E a gente vai estudando. E tinha apenas um só do Luan. Ele bateu o pênalti, passou desapercebido a imagem. Só tinha um. Não reparei muito. No fim lembrei disso e na minha cabeça veio que eu não olhei direito como ele bateu. Analisei, vi como ele batia.
''Luan tinha batido no canto direito do goleiro. Quando ele pegou a bola para cobrar, falei que ia pegar. Concentrei e fiz a minha oração. Sabia que ele ia bater no mesmo canto. Só tem um pênalti dele no material, seria ali. Esperei, esperei e glória a Deus fui feliz''.
Júlio César também considerou importante a reação no rebote, desperdiçado por Rafael Moura. Ele agradeceu a ajuda de Gum:
- É um milésimo de segundo. É muito rápido. Quando ele saiu para a bola, eu estava preparado para pular naquele canto. Pois foi assim que ele tinha batido no vídeo. Mas isso é treinamento, a gente treina muito a reação. Tratei de me esticar todo e fui feliz. Depois da defesa, tive a felicidade e encurtar rápido para não deixar o Rafael Moura finalizar com tranquilidade no rebote. Ia ser triste defender o pênalti e levar o gol assim. Ajudou muito o Gum também, que chegou para atrapalhar.
Globo Esporte/JM
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