Sob olhares dos pais, Cielo se torna o atleta do país com mais pódios em Mundiais na história
Brasil - Esporte - Natação
Foto: Satiro Sodré / SSPress / CBDA
Foi uma cena que, guardadas as proporções, lembrou dez anos atrás. Uma piscina belíssima montada na China, os olhares do mundo voltados para a água, pressão por conquistas e os pais na arquibancada. Em 2008, Cesar Cielo passou por tudo isso para, nos Jogos de Pequim, tornar-se o primeiro campeão olímpico da história da natação brasileira. Nesta terça-feira (11), diante de circunstâncias que remetem àquela façanha da década passada, ele conseguiu uma outra.
Cielo compôs, ao lado de Matheus Santana, Marcelo Chierighini e Breno Correia o revezamento 4x100m livre que levou o bronze no Mundial em piscina curta (25m) de Hangzhou, na China. Com a láurea, chegou a 18 em Campeonatos Mundiais - em piscina curta ou longa - na carreira, uma a mais do que o velejador Robert Scheidt, com quem estava empatado.
Nenhum atleta brasileiro ganhou tantas medalhas em Mundiais na história quanto Cielo.
- Subir no pódio em um Mundial, que pode ser meu último, é fora de série. Para mim, essa medalha de bronze vale ouro - afirmou.
Tal como em Pequim 2008, os pais de Cielo, Cesar e Flavia, estavam na arquibancada do centro olímpico de Hangzhou nesta terça para prestigiar o feito do filho. Cesar pai, depois da medalha, acenava freneticamente para o filho, tentando atrair a atenção dele. A mãe ficou mais contida, sentada. Ambos estavam emocionados.
O próprio Cielo não segurou as lágrimas durante a entrevista ao Grupo Globo.
- Quero agradecer meus amigos aqui, que fizeram trabalho excepcional. O Breno está muito bem. Acho que o revezamento do Brasil para o futuro está desenhado com [Pedro] Spajari, Gabriel [Santos], Marcelo, Breno e o Matheus, que sempre treinam juntos. A gente troca os nomes, mas os resultados estão sendo constantes. Para mim, estar nesse bolo aqui é muito bom. Desde março mais ou menos desse ano estou trabalhando meio período e treinando meio período. Sei que não estou treinando como já treinei - disse o nadador, que foi o único tricampeão mundial dos 50m livre em piscina longa (2009, 2011 e 2013).
No Mundial de Hangzhou, Cielo ainda vai nadar os 50m livre, os 100m livre e os revezamentos 4x50m livre, 4x50m medley e 4x50m medley misto. Ele não quer que a medalha do 4x100m seja a única em sua mala na volta ao Brasil.
- É como sempre falei, ganhar na natação é bom, mas ganhar no revezamento é ainda melhor. Estar aqui com esses caras eu me emociono como se fosse uma medalha de ouro. Não é fácil chegar lá. Estou chegando em pódio de Mundial desde 2004. Esse ciclo está acabando. Graças a Deus tive uma carreira abençoada de bons resultados, bons companheiros, vou continuar na pegada na competição para expandir ainda mais esse número de medalhas aí.
Referência da modalidade, Cielo foi homenageado ainda na zona mista - área em que os atletas dão entrevistas aos jornalistas - pelo companheiro Marcelo Chierighini.
- Muita honra de nadar ao lado do Cesão, que é uma inspiração para todos. Neste revezamento há quatro gerações diferentes e ele inspirou a todos. Cesão, obrigado por tudo - afirmou Chierighini.
Globo Esporte/JM
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