Foto: Arthur Ribeiro/GloboEsporte.com

A goleada de 5 a 0 sobre o River-PI e a consequente classificação na Copa do Brasil mostrou que o Fluminense continua em evolução. Além de aliar o toque de bola à produção ofensiva, o Tricolor foi comandando por Luciano e apresentou postura de time maduro: respeitou e manteve a busca pelo gol apesar da flagrante diferença técnica em relação a uma equipe que disputará a Série D.

Porém, a consolidação do modelo de jogo - são 17 bolas na rede em seis jogos, contado o Carioca - ainda carece de desempenho e vitória contra time grande. E a próxima chance será diante do Flamengo, sábado, pela semifinal da Taça Guanabara.

Não se trata de priorizar o resultado. Ocorre que encarar equipes da Série A ou internacionais na Sul-Americana exigirá mais. Exemplo: até agora, os comandados de Diniz se saíram melhor contra quem tentou pressionar a saída de bola. O River-PI adiantou as linhas e cedeu espaços. Não à toa a troca de passes foi feita dentro da área e com a participação do goleiro Rodolfo (veja no vídeo acima).

O Vasco, no final de semana em Brasília, adotou postura de esperar, o que trouxe mais dificuldades na única derrota tricolor da temporada. O meio é o setor que ainda pode evoluir. Mesmo com o gol e a melhora, Bruno Silva precisa ser mais participativo. Airton ainda oscila e mostra lentidão em alguns lances de recomposição. E, especialmente em contragolpes, Digão e Matheus Ferraz ficam expostos demais.

- É uma característica das equipes que eu dirijo e está sendo muito efeito aqui no Fluminense. Criamos chances e temos bom aproveitamento ofensivo. Espero que continue assim. À medida que se enfrenta time mais difíceis, com defesas mais postadas e com jogadores de alto nível, a tendência é que encontremos mais dificuldades. Ao mesmo tempo, com os treinos, vamos ficar mais eficientes também - avaliou Fernando Diniz.

Caso os ajustes não surtam efeitos, especialmente o de dar menos espaço no meio, Diniz não deveria se furtar de experimentar flexibilizar a forma de atuar e/ou mudar peças no futuro. Caio Henrique tem mais mobilidade do que Airton e Bruno Silva e pode ser uma alternativa. Foi titular contra o Vasco, entrou diante do River-PI.

A contratação de Allan também indica que o técnico ainda procura opção ao setor. Claro que tude precisa ser bem avaliado, afinal, um eventual troca pode ter efeito negativo na confiança de um time em formação.

- Estou feliz pelo meu primeiro gol pelo Fluminense. Trabalho para isso, afinal, estou em busca de retomar o meu futebol e a minha confiança. Os gols vão sair naturalmente. Além disso, estou contente pela classificação. Agora é descansar e pensar no Flamengo - comentou Bruno Silva.