DAM atendeu mais de 90 mulheres e prendeu 11 homens por violência doméstica em janeiro
Ações Policiais - Violência Doméstica
Delegacia de Atendimento à Mulher - Crédito: Divulgação
A Delegacia de Atendimento à Mulher de Dourados divulgou balanço positivo registrado em janeiro no combate à violência doméstica.
Foram ao todo mais de 90 mulheres atendida, 11 prisões efetuadas, 57 inquéritos encaminhados ao Tribunal de Justiça e 60 pedidos de medida protetiva.
De acordo com o levantamento, as prisões ocorreram em caráter preventivo para garantia da segurança das vítimas.
Dos inquéritos encaminhados à Justiça, casos denunciados enquadram violência doméstica e violência sexual, tanto a mulheres adultas quanto a adolescentes.
Ainda em janeiro, equipes da DAM realizaram cinco acompanhamentos de vítimas para tomada de pertences de casa.
Segundo a delegada responsável pela DAM, Paula Ribeiro, Dourados tem se destacado no combate à violência contra mulher. Isso decorrente a diversos fatores, como:
- parceria efetiva entre da DAM e o Ministério Público Estadual;
- celeridade na atuação preventiva;
- cobrança intensificada na Justiça para o andamento dos processos protocolados;
- rede de apoio à mulher com atuação ativa, indo até a vítima.
Paula explica que entre os fatores que limitam a busca por ajuda, se destacam a dependência emocional — sentimento de que não conseguirá ser feliz sem a companhia do marido agressor —, medo da independência financeira e também sentimento de incapacidade de saída do círculo de violência.
“É necessário ressaltar que a violência está presente em todas as classes. Na maioria das vezes, as mulheres, por amor ao marido, se sentem incapazes de ter uma vida longe do agressor. A dependência emocional é o fator limitante mais expressivo”, garantiu.
De acordo com a delegada, em 2018 foram atendidas mais de 2000 mulheres vítimas de violência doméstica.
Segundo o artigo 5° da Lei Maria da Penha, esse tipo de crime se caracteriza por toda espécie de violência ou omissão baseada no gênero que resulte em morte, lesão, sofrimento físico, emocional ou sexual e dano moral e patrimonial.
O PERFIL DO AGRESSOR
Com base nos atendimentos efetuados pela DAM, foi possível traçar um perfil comum entre os agressores. Paula Ribeiro explica que eles costumam ter total desrespeito pela pessoa humana da mulher, ou seja, para o agressor a mulher tem o mesmo valor de um objeto.
Esse perfil também é destacado pelo sentimento de posse da vítima, uma espécie de enclausuramento da mulher a impedido de viver sua vida de forma livre e independente.
Eles são machistas e não possuem interesse de garantir ou promover a felicidade da mulher e sim, apenas o prazer próprio.
A delegada relatou que é comum ouvir expressões absurdas como: “foi só um tapa”, “ela sabe porque apanhou”, “ela mereceu”, e o mais comum, “se você não for minha não será de mais ninguém”.
“Em um caso o marido estuprava a esposa e ao prestar depoimento ele deixou claro que, para ele, esse é o papel da mulher: satisfazer seu desejo quando, onde e como quiser”, conta.
Algo que também é presente em casos de violência doméstica é a incidência do álcool. Apesar de não um fator determinante, o consumo de bebida alcoólica potencializa a violência. Nos plantões noturnos e nos finais de semana esse indicador chega a ser presente em 90% dos casos.
REDE DE APOIO
Dourados atualmente conta com uma rede de apoio, Viva Mulher, que oferece suporte psicossocial para as vítimas. O trabalho da rede é ativo, segundo Paula.
“Eles não esperam as vítimas irem até a rede. Eles vão e isso tem sido um fomentador do combate à violência”, afirma.
Lá as mulheres recebem apoio psicoterapêutico, cujo foco está no enfrentamento às limitações e a promoção do valor da mulher. Além disso, as vítimas também recebem apoio social na busca por empregos e ganho de mantimentos alimentícios.
SERVIÇO — Toda mulher que se sentir violentada, oprimida ou possuir seus direitos de liberdade e bem-estar subtraídos pelo companheiro, pode procurar a DAM na Rua Francisco Feitosa Sobreira, 820 - Vila Bela.
Além disso, o atendimento pode ser encontrado também no Ministério Público Estadual, R. João Corrêa Neto, 400 - Jardim Santo Antônio e na rede de apoio Viva Mulher, Rua Hiran Pereira de Matos, 1520 – Vila Mary.
Além da violência doméstica, a DAM atende todo e qualquer denúncia de violação do direito da mulher, seja adulta ou menor de idade. Casos de abusos sexuais também podem ser comunicador na unidade com encaminhamento imediato a serviços de apoio à vítima.
Dourados News/PH
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