Epidemia de dengue e ataque em UPA dominam debates na Câmara
Estado - Saúde - Combate/ Aedes Aegypti
Vereadores discutiram na sessão de hoje sobre a agressão sofrida por servidor na UPA
Foto: Google Imagens
A epidemia de dengue em Campo Grande dominou os debates hoje na Câmara Municipal de Campo Grande. O vereador enfermeiro Hederson Fritz (PSD) usou a tribuna para falar sobre o aumento de atendimento de quase 500% por conta da epidemia de dengue, nos postos de saúde da Capital. Com as unidades de saúde lotadas, o político falou que tem aumentado a intolerância da população que espera pelo atendimento.
Ele citou o fato de uma mulher ter quebrado um vidro na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Bairro Coronel Antonino, machucando um servidor público. O fato aconteceu na terça-feira (12). "Uma pessoa completamente exaltada, quebrou o vidro e feriu um servidor, parando os atendimentos.Precisamos começar uma estratégia de esclarecimento à população de que o servidor tem suas obrigações, mas é um cidadão", afirmou.
Fritz falou que 40% do efetivo está afastado por problemas de saúde e há mais de 30% de vaga pura que precisa ser chamada mas está paralisada por causa da questão limite prudencial.
A situação de violência provocou mais posicionamentos dos parlamentares. O vereador Papy (Solidariedade) falou ser preciso ter tratamento de respeito, amor e gentileza ao próximo. "O servidor está trabalhando, levando sustento para sua casa. É um profissional importante pra sucesso da gestão pública. Não existe motivo que sustente violência ao servidor, não importa a dor que vc esteja sentindo".
Lívio Leite (PSDB) disse ser lamentável o que aconteceu na UPA. "As imagens são terríveis, enfermeiro ensanguentado, por falta de respeito. Importante dentro da gestão o prefeito, pois há vezes em que vídeos e imagens jogando parte da responsabilidade do gestor, situação inadequada. Servidor da saúde é um dos mais prejudicados mentalmente e fisicamente. Não tem capacidade de atender a população, isso é fato, mas o prefeito tem tomado medidas para sanar o problema emergencial. Estamos em uma epidemia, é claro que o serviço público vai abraçar essa situação, mas a intolerância está clara, precisamos trabalhar com isso".
Eduardo Cury (Solidariedade), que é medico, disse saber das dificuldades e situação de risco que os profissionais de saúde vivem no dia a dia, seja na rua ou na unidade de atendimento. "A preocupação é desde com o profissional administrativo até quem está na dentro das unidades de saúde".
Valdir Gomes (PP) comentou que desde o início do seu mandato fala sobre acolhimento e isso ainda não é feito. " Nãopodemos crimiminzalizar servidor. Quem vai em UPA, vai porque precisa. Pessoas ficam esperando 4h para serem atendidas, não entende que é área verde. Tem emergência, precisa melhorar o acolhimento. Não sei como faria isso. A população não aguenta mais a demora. Enquanto não tiver acolhimento, não vai resolver, não adianta malhar prefeito, funcionário".
Cida Amaral (PROS) também é enfermeira e disse que os profissionais não são obrigados a sofrer agressão, principalmente físicas." A sociedade precisa conhecer nosso trabalho, quando teve o ocorrido, uma colega me pediu ajuda para que a população conheça nosso trabalho, trabalhamos além da cota. Precisamos de respeito e tem que ter campanha de valorização do profissional".
Segundo Wilson Sami (MDB) isso acontece porque os profissionais da saúde tem obrigação de ajudar, mas há deficiência de profissional. "Temos que fazer cursos de auto estima, os servidores estão deprimidos, quando falta medicamento, culpa farmacêutica, mas não é, é problema de gestão. Vamos fazer alguma coisa para ajudar a não sobrecarregar as Upas, ter um médico para atender não só emergência, para não deixar esperando a população por quatro horas", sugeriu.
Correio do Estado/PH
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