Premiê diz que não pronunciará nome de autor de massacre na Nova Zelândia e que ele enfrentará 'toda a força' da lei
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Em discurso no Parlamento, a premiê afirmou que criminoso que invadiu mesquitas estava em busca de notoriedade. Por isso, ela decidiu não falar o nome dele.
Primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, começou pronunciamento durante sessão no Parlamento com saudação em árabe ‘salaam alaikum’. Ela falou sobre homem que invadiu duas mesquitas em Christchurch na semana passada — Foto: Dave Lintott / AFP
A primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, prometeu nesta terça-feira (19) que jamais pronunciará o nome do autor do massacre em duas mesquitas em Christchurch, em uma iniciativa para negar a ele a notoriedade que buscava com o ato terrorista. Ela ainda defendeu que que ele enfrente "toda a força da lei".
"Com este ato terrorista buscava várias coisas, entre elas notoriedade, por isto jamais me ouvirão dizer seu nome", declarou Ardern em sessão extraordinária do Parlamento, que abriu com a saudação em árabe Salaam Aleikum ("que a paz esteja convosco").
"Peço a vocês: digam os nomes dos que morreram no lugar do nome do homem que provocou tais mortes. É um terrorista, um criminoso, um extremista, que comigo não terá nome. Ele enfrentará toda a força da lei na Nova Zelândia", afirmou.
Na sexta-feira (15), 50 fiéis foram mortos durante as orações da tarde por um australiano de 28 anos que invadiu duas mesquitas armado com um fuzil. Brenton Tarrant, que se identifica como um supremacista branco, divulgou um "manifesto" racista antes de atacar as mesquistas.
Ele foi detido pela polícia sob a acusação de assassinato e, segundo Ardern, responderá a mais acusações. Ardern também anunciou uma investigação sobre como Tarrant planejou os ataques no país sem ser identificado pelos serviços de segurança.
"A pessoa que cometeu estes atos não era daqui. Não foi criada aqui. Não encontrou sua ideologia aqui, mas não quer dizer que estas mesmas ideias não existam aqui".
Após o ataque, a primeira-ministra prometeu uma reforma na legislação sobre armas na Nova Zelândia. A investigação indicou que o atirador comprou o fuzil de forma legal no país.
G1
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