Análise: Carille recupera "renegados" e faz Corinthians ganhar corpo em jogos decisivos
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Danilo Avelar, Manoel, Clayson... Jogadores crescem em clássicos e, contra o Santos, Timão se mostra cascudo e difícil de ser batido
Clayson é mais um que dá a volta por cima no Corinthians — Foto: Marcos Ribolli
Não é segredo que o Corinthians de Fábio Carille costuma crescer em jogos importantes – passou pelo Racing na Copa Sul-Americana, abriu vantagem (3 a 1) na terceira fase da Copa do Brasil, contra o Ceará, e agora sai à frente na disputa por uma vaga na final do Campeonato Paulista – venceu o Santos por 2 a 1, neste domingo, em Itaquera. O jogo da volta será na segunda-feira que vem (dia 8), no Pacaembu.
O que chama a atenção, porém, é que jogadores antes considerados "renegados" e vistos com ressalvas pela torcida têm ganhado confiança e crescido justamente nessas partidas.
O craque do domingo foi Clayson, atacante rápido, bom no um contra um, que venceu a marcação de Victor Ferraz, chutou com categoria e decretou a vitória corintiana. Há poucos jogos, ele era questionado por não render – e Carille o bancou.
Em 2019, o mesmo já havia ocorrido com o lateral-esquerdo Danilo Avelar e o zagueiro Manoel – este, aliás, autor do outro gol corintiano na tarde de domingo em Itaquera.
Em 2017, o mesmo já havia ocorrido com Romero e Rodriguinho, que eram patinhos feios do elenco e deslancharam em um ano que terminou com títulos do Paulista e do Campeonato Brasileiro.
Fábio Carille não desiste rapidamente de um jogador, desde que este mostre comprometimento e vontade de melhorar.
Nos três casos citados de 2019, o técnico deu confiança, bancou a permanência no time e viu os resultados aparecerem:
Danilo Avelar, vice-artilheiro do Timão no ano, tornou-se um lateral mais seguro na marcação, fechando bem a linha de quatro defensores, e é um perigo na bola aérea;
Manoel também se firmou, ganhou disputas pelo alto e individuais contra o Santos e tem dado menos sustos; ao lado dele, Henrique é outro que vem mantendo regularidade.
Clayson, aberto pela esquerda, virou escape preferido da equipe em bolas longas e contra-ataques.
Os três devem aparecer também no jogo de volta, dia 8, no Pacaembu, ainda que Manoel seja dúvida por causa de um problema no ombro.
O jogo
– O Corinthians jogou como quis – resumiu Jorge Sampaoli.
– Conseguimos anular bem essa ideia do Santos – disse Carille.
O Corinthians, assim como na primeira fase (0 x 0, em Itaquera), jogou melhor do que o Santos em boa parte do tempo. Não necessariamente criando muito ou oferecendo perigo à meta de Vanderlei, mas sim deixando o rival incomodado.
Com uma posse de bola sem efeito, já que o Timão bloqueou a entrada da área e impediu a infiltração de quem vinha de trás, o Santos só criou duas chances reais de gol, de acordo com scout da TV Globo. Permitindo menos finalizações, o Corinthians sofreu pouco – o gol de Derlis González só saiu porque Cássio espalmou uma bola exatamente na cabeça do jogador santista.
Depois do 2 a 1, o Corinthians também não teve vergonha de se proteger. Por vezes, Gustagol, homem mais avançado, posicionava-se pouco à frente da grande área corintiana. Clayson e Vagner Love, quase como laterais, ajudaram a fechar os dois corredores até serem substituídos por Mateus Vital e Pedrinho, que fizeram o mesmo papel.
Um Corinthians sem vaidade, que reconhece as limitações e impõe sua estratégia de jogo nos momentos mais importantes. Deu certo em 2017, pode se repetir em 2019.
Globo Esporte/PH
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