Suspensão do TJD a Moisés e Gustavo Henrique irrita Palmeiras, Santos e até a Federação Paulista
Brasil - Esporte - Futebol
Verdão vê na punição uma vingança por críticas do clube à FPF e ao presidente do TJD
Moisés e Gustavo Henrique tiveram desentendimento em Palmeiras x Santos — Foto: Reprodução
Ao punir com quatro jogos de suspensão os jogadores Gustavo Henrique e Moisés, o Tribunal de Justiça Desportiva (TJD) de São Paulo gerou irritação no Palmeiras e no Santos, além de lamentações na Federação Paulista de Futebol, que organiza o Paulistão.
Os dois jogadores foram punidos por causa de uma confusão em campo no clássico do dia 23 de fevereiro, na oitava rodada da fase de grupos. Com a punição, estão fora do campeonato, mesmo que seus times se classifiquem para a final. Os dois clubes vão tentar um efeito suspensivo no STJD – última alternativa ainda disponível.
A reação mais indignada partiu do Palmeiras. Na avaliação da diretoria do Verdão, trata-se de mais um ato de vingança contra o clube, que recentemente reclamou contra a arbitragem da FPF e também contra o presidente do TJD, Antonio Olim.
De acordo com pessoas próximas ao presidente do Palmeiras, Maurício Galiotte, o Tribunal tomou como pessoais as recentes reclamações do clube sobre o uso do VAR nas partidas contra Novorizontino e São Paulo. Já faz um ano que o Palmeiras está rompido com a federação, desde a polêmica final do Estadual de 2018. Até deixou de participar do ranking de gestão da FPF, que poderia ter rendido um prêmio de R$ 80 mil ao clube.
Procurado pelo GloboEsporte.com, o presidente do TJD rebateu as críticas do Palmeiras e voltou a detonar Maurício Galiotte, embora não o tenha citado nominalmente.
– Não aguento mais essa história desse presidente, de diretores que fazem parte do futebol lá, toda hora estão reclamando, precisam parar de reclamar. Vamos jogar, vamos ganhar, o Palmeiras está indo bem, é capaz de ir para a final – declarou o Delegado Olim.
A diretoria palmeirense vai recorrer da decisão por entender que Moisés foi agredido por Gustavo Henrique no lance durante o clássico contra o Santos, o que faz o clube encarar tal punição como "absurda". No julgamento de primeira instância, os dois atletas haviam recebido um jogo de suspensão. A procuradoria do TJD recorreu, pediu uma pena maior e foi atendida.
O Santos também recebeu com indignação a decisão do TJD de punir Gustavo Henrique. O clube havia acatado a decisão de primeira instância – tanto que não recorreu – e o zagueiro já havia cumprido a suspensão de um jogo.
O que mais irritou o Santos foi o "timing" da decisão do Pleno do TJD. O entrevero entre Gustavo Henrique e Moisés se deu no dia 23 de abril, num jogo pela oitava rodada do Campeonato Paulista. Houve mais quatro rodadas da fase de grupos, dois jogos das quartas de final e mais um jogo da semifinal antes do julgamento. Se o julgamento tivesse ocorrido antes, Gustavo Henrique poderia ter cumprido a pena em partidas menos decisivas para o Santos.
O presidente do TJD admitiu que o julgamento do Pleno "deveria ter acontecido antes". O Delegado Olim disse que "o Palmeiras recorreu várias vezes, pediu efeito suspensivo, depois pediu para [Moisés] poder jogar em outra partida" e que "tudo isso leva tempo". A sessão desta segunda-feira, que condenou Moisés e Gustavo Henrique, foi apenas a primeira reunião do Pleno em 2019.
Procurada, a Federação Paulista de Futebol limitou-se a responder que "o Tribunal é independente" e que não comentaria suas decisões. Mas o GloboEsporte.com apurou que a decisão não agradou – especialmente pelo longo tempo entre o jogo em que ocorreu a confusão (23 de fevereiro) e o julgamento (1 de abril), e porque a punição desfalca os times na reta final da competição.
Globo Esporte/PH
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