Análise: reservas do Corinthians mostram mesmos problemas dos titulares e não dão alternativas
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Timão chega para a final do Paulistão sem balançar as redes há 417 minutos
Como começou o Corinthians diante da Chapecoense do meio para a frente — Foto: GloboEsporte.com
Difícil saber o que foi pior para o Corinthians em Chapecó, a atuação ou o resultado. O Timão mais uma vez não jogou bem, chegou à quarta partida sem balançar as redes e perdeu por 1 a 0 para a Chapecoenseno duelo de ida da quarta fase da Copa do Brasil.
Já são 417 minutos sem gols do Corinthians, que viu seus reservas apresentarem na Arena Condá os mesmos problemas dos titulares.
Lento na transição e com muitos erros de passe, a equipe de Fábio Carille tem enormes dificuldades para criar jogadas. Diante da Chapecoense, o Corinthians não conseguiu dar nenhum chute a gol no primeiro tempo e terminou a partida com apenas três finalizações.
Pensando na final do Paulistão, Fábio Carille armou um time misto no 4-1-4-1, com Jadson e Sornoza por dentro e Ramiro e Vagner Love aberto pelos lados. O equatoriano recuava mais para ajudar na saída de bola, e os dois últimos voltavam até a própria área para fechar espaços.
Ao final da primeira etapa, Love afirmou que o Corinthians estava errando muito o "último passe". Na verdade, o time não conseguia nem mesmo chegar no ataque em condições de concluir. As falhas estavam no penúltimo ou antepenúltimo toque.
A atuação apática nos primeiros 45 minutos fez o treinador realizar duas alterações no intervalo. Ralf entrou no lugar de Jadson e, assim, Richard passou a ter mais liberdade para sair para o ataque. Ramiro saiu para a entrada de Clayson, que deu mais profundidade à equipe e "empurrou" Vagner Love para a ponta direita.
O Corinthians melhorou no segundo tempo, mas ainda assim produziu pouco. Sem conseguir envolver a defesa da Chape com passes, o Timão passou a apelar para os cruzamentos. Foram 15 bolas levantadas pela equipe visitante durante a partida, mas a melhor chance veio em chute de fora da área de Sornoza.
Mesmo com todos os problemas, Carille optou por não fazer mais nenhuma alteração, embora tivesse no banco Mateus Vital, Pedrinho e Régis, jogadores que poderiam dar mais criatividade ao meio alvinegro. Em entrevista coletiva depois do confronto, o treinador alegou que não quis deixar a equipe ainda mais exposta à bola aérea.
Se já não bastasse jogar mal novamente e sair atrás no mata-mata, o Corinthians não conseguiu encontrar alternativas para o provável desfalque de Júnior Urso na final contra o São Paulo. Richard mais uma vez mostrou ter limitações com a bola e que a saída com ele e Ralf no meio de campo fica comprometida.
Sornoza, que no primeiro tempo atuou como uma espécie de segundo volante, também não convenceu.
Jadson não brilhou novamente, Boselli foi pouquíssimo acionado, Ramiro lutou, mas pouco produziu... E assim o Corinthians vai para a decisão do título estadual com uma série de incógnitas.
Após três meses e meio de trabalho em 2019, o Corinthians segue jogando mal, mas está a uma vitória simples de garantir um feito histórico e faturar o tri paulista. Já que a equipe não ajuda, a Fiel terá de se apegar à força do Timão em Itaquera, ao retrospecto em clássicos e a outros fatores que vão além da tática e da técnica para confiar na conquista da taça.
Globo Esporte/PH
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