O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) divulgou nesta segunda-feira (20) que a mulher do deputado federal Vander Loubet (PT), Roseli da Cruz Loubet, responderá à ação de improbidade administrativa na Operação Lava Jato. A decisão foi tomada no dia 13.
Roseli apelou ao tribunal pedindo sua exclusão da ação cível sob alegação de que a denúncia em ação penal contra ela não foi aceita pelo Supremo Tribunal Federal (STF), e por inexistirem variações patrimoniais a descoberto.
A ré é investigada por transações bancárias entre ela, o marido e empréstimos ligados ao doleiro Alberto Youssef, por meio da Arbor Consultoria e Assessoria Contábil Ltda.
O relator do caso, o desembargador federal Rogério Favreto destacou: “Presentes os elementos de convicção suficientes a demonstrar a hipotética prática de atos ímprobos pela ré, como restou detalhado pelo magistrado de primeiro grau, havendo fortes indícios do seu envolvimento no esquema de repasse de propinas realizado no âmbito da BR Distribuidora, subsidiária integral da Petrobras. De fato, em primeira análise, haveria confusão patrimonial entre os acusados Vander Loubet e a sua esposa, ora agravante, Roseli da Cruz Loubet, uma vez que o Ministério Público Federal identificou 170 transferências bancárias efetuadas pelo primeiro acusado à segunda, totalizando R$ 314.049,99, assim como 170 transferências no sentido inverso, alçando-se, neste último caso, o valor de R$ 293.530,00”, escreveu Favreto em seu voto.
O G1 entrou em contato com a assessoria do deputado e com a mulher dele e até a publicação desta matéria ninguém atendeu as ligações.