Projeto analisa dados de satélite desde 1985 para detalhar situação dos biomas; entenda como funciona
Brasil - Ações Ambientais - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
Números do Mapbiomas usam como base as imagens de satélite da classe Landsat, mesma utilizada pelo sistema Prodes, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
GIF mostra a mudança da terra desde 85 na Amazônia — Foto: Igor Estrella/G1
Para detalhar os dados sobre o desmatamento no Brasil, o G1 usou informações disponibilizadas e coletadas pelo projeto Mapbiomas, uma parceria entre universidades, ONGs, institutos nacionais e o Google (plataforma Google Earth Engine). Os dados foram gerados com a ajuda de imagens de satélite da classe Landsat.
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O projeto, criado em 2015, está em constante atualização. Os pesquisadores implementaram uma metodologia com mapas anuais que monitoram o uso do solo do Brasil desde 1985. É uma plataforma aberta e com uma base de algoritmos livres para a utilização em outros países.
Como são os mapas:
Cada ponto no mapa (pixel) representa uma área de 30 x 30 metros no território brasileiro. O Brasil tem 9 bilhões de pixels
Cada imagem é uma soma de 105 camadas de informações coletadas ao longo de todo um ano
Mais de 120 cientistas participam do projeto. A coordenação é feita por Tasso Azevedo, engenheiro florestal, e por Carlos Souza Jr., do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon).
Os satélites Landsat
A série de satélites começou na metade da década de 60, a partir de um projeto da agência espacial americana (Nasa). Desde então, foram lançados oito satélites. As imagens dos pontos da Terra são refeitas a cada 16 dias.
Diferença do Prodes
O Projeto de Monitoramento da Floresta Amazônica Brasileira por Satélite (Prodes), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), é a principal ferramenta de monitoramento da Amazônia Legal no Brasil. O último dado disponível, divulgado em novembro de 2018, apontou uma alta de 13,7% entre os anos de 2017 e 2018 - maior taxa em dez anos.
Uma das diferenças entre o Prodes e o Mapbiomas é a quantidade de informações e filtros disponíveis para o público. Na plataforma aberta do Mapbiomas é possível fazer recortes específicos sobre o território do Brasil com a mesma base de dados. Além disso, o projeto disponibilizou um novo levantamento exclusivo para o G1 sobre as Unidades de Conservação, terras indígenas e quilombolas que não está disponível no site.
No Mapbiomas, é possível fazer comparação entre biomas, entre territórios (indígenas, quilombolas, Unidades de Conservação, infraestrutura urbana), estados do Brasil e até municípios. Tudo desde o ano de 1985.
Já o Prodes é a base de dados utilizada pelo governo, que também foi criada com base em imagens de satálite que registram e quantificam áreas desmatadas maiores que 6,25 hectares. O foco está na Amazônia Legal. O Mapbiomas avalia todo o território brasileiro.
Alguns dos órgãos parceiros e envolvidos no projeto Mapbiomas:
Imazon
Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS) e Associação Plantas do Nordeste (APNE)
Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM)
Fundação SOS Mata Atlântica e ArcPlan
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
Instituto SOS Pantanal e ArcPlan
Universidade Federal de Goiás (LAPIG/UFG)
Agrosatélite
Instituto Tecnológico Vale / Solved
Terras
WRI Brasil
Fundação AVINA
The Nature Conservancy (TNC)
Coalisão Clima, Floresta e Agricultura
WWF Brasil
Children's Investment Fund Foundation (CIFF)
Instituto Humanize
Instituto Clima e Sociedade (ICS)
Good Energies Foundation
Climate and Land Use Alliance (CLUA)
Instituto Arapyaú
Gordon & Betty Moore Foundation
Iniciativa Internacional de Clima e Florestas da Noruega (NICFI)
G1
Galeria de Imagens / Fotos / Turismo
Eventos
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1º Encontro dos Amigos da Empaer
Cidade:Dourados
Data:29/07/2017
Local:Restaurante / Espaço Guarujá -
Caravana da Saúde em Dourados II
Cidade:Dourados
Data:16/04/2016
Local:Complexo Esportivo Jorge Antonio Salomão