Análise: Atlético-MG mostra repertório, quebra tabu, classifica e vive auge técnico na temporada
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Rodrigo Santana tem muitos méritos na evolução de um time que há pouco tempo não tinha padrão e, ainda sem reforços, já consegue jogar bem em diferentes circunstâncias
Marcos Ribolli/GloboEsporte.com
No domingo, no Independência, duelo com o CSA e necessidade de ser protagonista, controlar o jogo, ter posse de bola e transformá-la em gols. Vitória por 4 a 0. Na quinta, no Pacaembu, confronto com o Santos de Sampaoli e necessidade de ser cauteloso, mas, ao mesmo tempo, buscar o gol, já que só com ele a vaga para as quartas de final viria sem disputa de pênaltis. Vitória por 2 a 1.
São dois jogos com características absolutamente distintas e que exigiram do Atlético-MG de Rodrigo Santana um comportamento igualmente distinto. E elogios precisam ser feitos, porque o time se comportou muito bem nas duas ocasiões - e também em várias outras.
A classificação para as quartas de final da Copa do Brasil veio em um jogo que exigiu do Galo um comportamento dúbio. O time não podia se expor demais - até pela qualidade ofensiva do rival, mas também não podia abdicar do ataque. Precisava vencer, mas saiu atrás antes dos dez minutos. Teve calma e, com a bola no chão, no talento de Cazares e Chará, empatou.
O segundo tempo veio e, com ele, uma dilema natural: pressionar em busca da virada ou segurar o 1 a 1 e levar para os pênaltis? Rodrigo Santana armou um time que conseguiu fazer as duas coisas. Segurou bem as ofensivas do Santos (que, naturalmente, se lançou ao ataque), mas esteve perfeitamente montado para encaixar o contra-ataque mortal, que veio com Geuvânio, Cazares e Chará, que anotou mais um.
Vale destacar a repetição de acertos de Rodrigo Santana nos intervalos das partidas. Ele já transformou o comportamento do Galo no vestiário em algumas ocasiões. E fez isso mais uma vez no Pacaembu.
As substituições também foram acertadas. Ricardo Oliveira (apagado de novo, apesar da participação sem a bola) precisava sair para a entrada de Alerrandro - Rodrigo trocou. Zé Welison, amarelado, colocava o time em risco - entrou Adilson. Luan, cansado, não conseguia mais puxar os contra-ataques - entrou Geuvânio, que fez exatamente isso. E com precisão. Assim saiu o segundo gol.
O tabu está quebrado. O Atlético-MG nunca tinha eliminado o Santos num mata-mata. Eliminou. A verdade é que o Galo vive o auge técnico na temporada. Ainda sem reforços (e a diretoria promete que eles vão chegar), Rodrigo Santana conseguiu dar personalidade - com variações - a um time que, há pouco tempo, não tinha nenhum padrão de jogo. Vários jogadores voltaram a render bem (Fábio Santos, Elias, Cazares, Chará, entre outros).
O Galo vai provando, jogo a jogo, que tem, sim, um bom time. Precisa se reforçar, é verdade, mas está longe de ser aquela "bagunça" que se via há alguns meses. Ponto para Rodrigo.
Globo Esporte/PH
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