Platini se diz tranquilo, mas "machucado", depois de sair de prisão por mais de 12 horas
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Advogado de francês classifica detenção para depoimento sobre corrupção na escolha do Catar como sede da Copa do Mundo é "muito barulho por nada, injusta e desproporcional"
REUTERS/Gonzalo Fuentes
O ex-jogador francês e presidente exonerado da Uefa, Michel Platini, mostrou tranquilidade, mas afirmou estar magoado, depois de sair da prisão temporária por mais de 12 horas, em Nanterre, perto de Paris, para prestar esclarecimentos em relação às acusações de corrupção na escolha do Catar como sede da Copa do Mundo de 2022. Na madrugada desta quarta-feira, deu uma rápida entrevista ao deixar a Polícia Judicial.
- Eu sempre estive em paz, porque me sinto totalmente alheio a qualquer um desses assuntos. Esse é um caso antigo, você sabe disso, nós explicamos isso. Eu sempre me expressei com total transparência em todos os jornais. É isso aí, continua, eles investigam, eles pesquisam... - disse a jornalistas, complementando com aparente contrariedade ao ser questionado sobre o assédio judicial:
- É uma boa questão... Quando me apresentei fui logo levado sob custódia. Isso tudo machuca. É para se pensar. Tudo que fiz. Isso machuca, machuca. Mas, depois de tudo, eles fizeram o trabalho deles. E nós tentamos responder a todas as questões.
Na liberação do ex-jogador, seu advogado, William Bourdon, lamentou que se faça "muito barulho por nada".
"Esta detenção foi injusta e desproporcional"
De acordo com Platini, o interrogatório foi sobre a Eurocopa 2016, as Copas do Mundo da Rússia, em 2018, e do Catar, em 2022, o Paris-Saint Germain e a Fifa. O francês garantiu que durante todo o depoimento se manteve sempre sereno". O advogado Bourdon disse que "de maneira alguma Michel Platini pode ser considerado suspeito de qualquer coisa" e que, para ele, "é um caso encerrado".
Além de Platini, de 63 anos e que ocupou o cargo de vice-presidente da Fifa até 2015, também foi detida a ex-conselheira de Esportes do governo Sarkozy, Sophie Dion, segundo uma fonte judicial. Outro que foi interrogado no escritório anticorrupção da Polícia Judicial foi Claude Guéant, secretário-geral do Palácio do Eliseu durante o mandato do ex-presidente.
A Procuradoria Nacional de Finanças (PNF) abriu em 2016 uma investigação preliminar por suspeitas de corrupção no processo de escolha da Fifa para as sedes dos Mundiais de 2018 (Rússia) e 2022 (Catar). A Justiça da França se interessa particularmente por uma "reunião secreta" que teria acontecido no Palácio do Eliseu em 23 de novembro de 2010, na qual teriam participado o ex-presidente francês Nicolas Sarkozy, o príncipe do Catar, Tamim bin Hamad al-Thani, e Michel Platini, na época presidente da Uefa e vice-presidente da Fifa.
Globo Esporte/PH
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