Ataque a bomba em mesquita no Paquistão deixa mortos; irmão de chefe do Talibã está entre vítimas, diz agência
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Equipes antibomba inspecionam uma mesquita depois de uma explosão nesta sexta-feira (16) em Kuchlak, nos arredores de Quetta, no Paquistão. — Foto: Stringer/Reuters
Um ataque a bomba a uma mesquita no Paquistão matou ao menos quatro pessoas nesta sexta-feira (16). Fontes disseram à agência Reuters que, entre as vítimas, está Hafiz Ahmadullah, irmão do chefe do Talibã no Afeganistão, Haibatullah Akhundzada. A polícia, no entanto, não confirmou a identidade das vítimas.
Até o momento, nenhum grupo reivindicou autoria da explosão. O atentado ocorre em meio à tentativa do governo dos Estados Unidosem estabelecer diálogo com o Talibã para, enfim, retirar militares norte-americanos do Afeganistão.
Segundo a polícia, mais de 20 pessoas ficaram feridas no atentado ao templo localizado a 25 quilômetros da cidade de Quetta, no sudoeste do Paquistão. O número de mortos também pode aumentar, dada a gravidade do ataque. O imã – sacerdote muçulmano – responsável pela mesquita está entre os mortos.
"[A bomba] Era um dispositivo equipado com um relógio que foi colocado debaixo da cadeira de madeira onde ficava o sacerdote", disse Abdul Razzaq Cheema, chefe de polícia em Quetta.
O chefe Talibã Haibatullah Akhundzada, irmão de uma das vítimas, não estava na mesquita no momento da explosão. As fontes disseram à Reuters que o filho do chefe do grupo também se feriu no ataque.
Paquistaneses suspeitam de que o governo do Afeganistão, inimigo do Talibã, esteja por trás do ataque. As autoridades afegãs não comentaram sobre a explosão na mesquita.
Tentativas de paz
O Paquistão prometeu ajudar os Estados Unidos a interromper a guerra no Afeganistão. Negociadores norte-americanos e do Talibã recentemente relataram avanços significativos nas negociações sediadas no Catar.
Entretanto, a explosão na mesquita nesta sexta-feira aumenta preocupação sobre as tratativas de paz no país.
Os Estados Unidos prometem retirar os militares do Afeganistão em troca de o Talibã não usar o país asiático para fins terroristas.
Os militantes, que lutam para estabelecer um califado em território afegão, também devem se comprometer a expandir as conversas com o governo do Afeganistão – que é apoiado pelos EUA – e iniciar um cessar-fogo.
O presidente dos EUA, Donald Trump, insiste em retornar os militares norte-americanos, mas muitos afegãos temem que a retirada deixe o governo lutando sozinho contra o Talibã.
Os EUA têm cerca de 14 mil militares no Afeganistão. O foco do governo norte-americano é treinar forças afegãs e combater o terrorismo.
O Talibã ocupa o maior território desde que os Estados Unidos derrubaram a facção do poder no Afeganistão em 2001, quando o grupo abrigou militantes da Al-Qaeda envolvidos nos atentados de 11 de Setembro.
G1/KV
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