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Mato Grosso do Sul registrou neste ano 29 casos de raiva bovina em animais, incluindo aí os dois focos que ocorreram em Costa Rica e Chapadão do Sul. Mesmo com os novos casos o índice de surgimento da doença mantém estabilidade em MS. Por ano a média de imunização contra raiva é de até 8,5 milhões de cabeças. Além disso, a Iagro mantém intensas ações de constante vigilância em propriedades, fazendo inclusive a captura de morcegos e atuando por meio de educação sanitária em palestras pelo Estado. As informações foram repassadas pelo veterinário Fábio Shiroma de Araújo, coordenador do programa de controle da raiva da Iagro.

O veterinário explica que os episódios mais recentes da doença ocorreram em propriedades de Chapadão do Sul e Costa Rica.”Foram dois focos de raiva em Chapadão e dois em Costa Rica.Tem mais um caso suspeito e estamos aguardando.Segundo as fazendas que percorremos foram 45 animais que morreram com sintomatologia nervosa, Deste total quatro tiveram diagnóstico positivo para a raiva e 41 suspeitos”, explicou Shiroma.

Ele destaca que o Estado vem mantendo uma média de vacinação anual desde 2011 por volta de 8 a 8,5 milhões de animais. Shiroma ressalta que até setembro já foram vacinados 6,8 milhões de bovinos. “Lembrando que o forte das vacinas contra a raiva são junto com a campanha da febre aftosa. Agora em novembro a gente acredita que devam ter sido comercializadas em torno de 1 milhão a 1,2 milhão de doses de vacina. Então acreditamos que até o final de ano vai manter esta média em torno de 8 milhões de doses”, enfatizou.

Segundo ele o índice de vacinação contra a raiva em bovinos permanece estabilizada. Com relação aos focos, até 2016 os números vinham em decrescente, sendo que em 2016 foram 8 ocorrências apenas. Já em 2017, de acordo com o veterinário houve introdução da doença em regiões que não tinha histórico e nem imunização.“Esses casos específicos foram em Aral Moreira, Coronel Sapucaia e Amambai onde tivemos altos índices de raiva, chegamos a 40 casos em 2017, já em 2018 estes casos baixaram para 27. E em 2019, são 29 casos com estes últimos contabilizados em Costa Rica”, acrescentou.

Ciclos

De acordo com o veterinário o aparecimento de focos sempre gera alerta, mas ele argumenta que a raiva é uma doença cíclica (ciclo de sete anos). Mesmo assim um dos motivos para o aumento na incidência de casos é a falta de imunização do gado. Por é muito importante que os produtores desta região reforcem o trabalho de prevenção. Há 14 anos não eram notificados casos da doença na região.

A orientação aos produtores é para que procurem um escritório Iagro caso suspeitem de que haja algum animal com a doença e evitem manipular o animal.