José Loreto fala sobre sua história com a diabetes, doença que tem desde a infância
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José Loreto participou do programa ao lado da médica da família Júlia Rocha — Foto: Reprodução/TV Globo
Neste novembro azul, mês de alerta a diabetes, o programa Conversa com Bial recebeu José Loreto e a médica da família Júlia Rocha para falar sobre o tratamento e como é viver com a doença. Nas palavras de Bial, Loreto “se tornou um dos porta-vozes dos portadores de diabetes, desde então luta contra ela usando as armas da boa saúde”.
“Eu me tornei diabético aos 14 anos. De uma hora para outra, o pâncreas pifa, para de fabricar insulina”.
O ator descobriu a doença quando estava em uma viagem com sua família em Natal, sentiu muita sede e começou a passar mal. Seu pai, que é médico, percebeu os sintomas logo de início. “Depois dessa viagem, comecei a ver que toda vez eu urinava na privada, começava a dar formiga”, relembra.
Com o susto dos amigos e familiares, o ator conseguiu normalizar o diagnóstico, regulando sua alimentação, fazendo exercícios e tomando insulina todos os dias. "Enquanto os meninos estavam descobrindo a noitada, comendo de tudo, como fast food, eu já estava me alimentando e mantendo um peso."
Com Bial, Loreto riu ao lembrar que seus pais ficaram mais assustados quando ele virou ator do que quando foi diagnosticado com diabetes e chegou a ser pressionado por eles a abandonar a profissão. Quando surgiu o convite para interpretar Darkson da novela Avenida Brasil, ele se dedicou para entrar no personagem que mudou sua vida. “Eu tinha liberdade pra falar o que quisesse”, disse.
Sempre muito intenso, como Bial o define, o ator que interpretou o locutor e dançarino de baile charme conta que viveu a construção do personagem com muita profundidade.
“Eu me enfiei em todos os bailes charmes do Rio de Janeiro, dancei, fiz aula particular e já estava cobrindo o cara que ficava numa lojinha (como locutor). Fui botando tudo isso no meu corpo. ”
Ele, que também atuou como José Aldo na biografia “Mais forte que o mundo”, interpretou um traficante no filme “Pacificador”, dirigido pelo diretor Paxton Winters. A história, estrelada por José Loreto, Débora Nascimento e Shirley Cruz, representou o Brasil no Concha de Ouro do Festival de San Sebastián, na Espanha.
Para interpretar Nelson, ele teve ajuda de sua ex-mulher, Débora, que o indicou para o papel.
“Eu fui fazer o teste e rolou a química. Um jogo maravilhoso. Débora fez o filme com três meses de gravidez e terminou só depois que a Bela tinha quatro meses. ”
Realidades diferentes
Para somar no papo sobre a doença que José Loreto vive desde os 14 anos, o programa recebeu a médica Júlia Rocha, profissional que trabalha no SUS, em comunidades de baixa renda.
“A nossa luta não é só dentro do escritório, ela extravasa a clínica porque também é uma luta política por direitos. ”
Para a doutora, a diferença de classes impacta diretamente no tratamento da doença. Por conta da falta de informação em relação a diabetes, pela extensa carga horária de trabalho e, por último, pela violência urbana.
“Quando o paciente trabalha, sai de casa cinco horas da manhã, pega duas horas de ônibus, chega no trabalho, trabalha até seis horas da tarde, pega um ônibus e chega em casa às oito, como é que eu vou dizer pra ele que ele vai fazer uma caminhada na praça, se a praça é um ponto do tráfico?”
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, no mundo, são 425 milhões de diabéticos. Para a médica, além da falta de informação e as dificuldades diárias, é necessário mudar hábitos que muitas vezes estão fora de alcance. “De fato, a alimentação é mais barata, mas a gente esquece que as pessoas não têm tempo de preparar seu próprio alimento.”
“A gente sabe que precisa ampliar o número de diagnósticos e a gente precisa melhorar o acesso adequado ao Brasil. ” Júlia também tem um canal em uma plataforma de vídeos, o "Canal Quase Tudo", que explica sobre algumas doenças que percebe serem pouco divulgadas a partir da demanda que recebe do SUS. A Bial, ela crítica o tempo de consulta nos consultórios médicos. Segundo a profissional, no tempo médio de 15 minutos não dá para se informar e nem tratar da doença.
Bial pontuou que a diabetes é “uma doença conhecida mas muito pouco compreendida”. E é com a falta de compreensão que o ator José Loreto diz lidar em seu cotidiano.
GShow/KV
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